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Com caixa apertado e prestes a passar o chapéu pedindo a ajuda do governo americano, a Boeing está mais uma vez adiando o prazo ter o 737 MAX recertificado para voar. Segundo a fabricante, a pandemia do novo coronavírus é o novo vilão que dificulta o progresso do projeto.
Essa é mais uma notável mudança do plano anterior da Boeing de ter o avião liberado pela Administração Federal de Aviação (FAA), antes previsto para o meio deste ano. No entanto, segundo analistas, o avião não deverá voar até o final do terceiro trimestre.
A Boeing ainda precisa completar duas atualizações de software e resolver uma série de outros obstáculos, incluindo um voo de recertificação, antes que o MAX possa ser liberado para retornar ao serviço comercial. Embora a fabricante tenha completado uma série de etapas para colocar o avião de volta no ar, ainda há muito trabalho a fazer e a empresa diz que o coronavírus está impondo uma severa dificuldade.
“A crise da Covid-19 está complicando o processo, mas estamos fazendo um bom progresso. Tudo, é claro, sujeito à supervisão regulatória contínua”, disse um porta-voz ao Wall Street Journal.
O 737 MAX está de “castigo” desde março de 2019, após dois acidentes que mataram um total de 346 pessoas. Nesse ínterim, e após vários escândalos envolvendo sua cultura tóxica, que culminaram na demissão do CEO e de vários outros executivos, a fabricante estabeleceu repetidamente datas-alvo para o retorno do avião, mas nenhuma delas foi cumprida, já que os reguladores detectavam novos problemas que precisavam ser corrigidos.
O CEO Dave Calhoun disse em janeiro que o avião não seria recertificado até meados de 2020. Esse cronograma veio depois que a empresa suspendeu a produção do MAX em dezembro. Calhoun afirmou nos últimos meses que os engenheiros da Boeing estão fazendo progressos esclarecendo problemas com o Max. Sua estratégia segue um cronograma mais agressivo do então CEO Dennis Muilenburg, que foi deposto no final do ano passado.
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