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O mês de maio registrou encomendas que, à primeira vista, podem parecer uma reviravolta na disputa das duas maiores fabricantes de aviões do mundo. Uma análise mais detalhada, entretanto, mostra que a realidade não é bem o que aparenta nessa visão limitada apenas pelo número de novos pedidos.
Segundo dados levantados pelo portal Seeking Alpha, o número de pedidos de novos aviões recebidos pela Boeing foi de 9 jatos, que contemplam os modelos 767-300F (seis unidades), 777F (dois jatos) e 747-8F (um jato). Os clientes seriam as norte-americanas FedEx Express e UPS, além de clientes ainda não identificados.
Os números de maio da Airbus, por seu lado, mostram que o saldo foi de nenhuma nova encomenda recebida, dando a impressão de que algo poderia estar mudando na concorrência.
No entanto, analisando-se os valores de encomendas canceladas, o cenário começa a se inverter. Apesar dos nove pedidos que a Boeing recebeu, no mesmo mês de maio houve um total de 18 solicitações de cancelamentos, levando a fabricante norte-americana a um saldo de -9 no período.
Já a europeia Airbus não teve solicitações de cancelamentos, portanto, mesmo sem novos pedidos, ficou ao menos no zero-a-zero no mês.
Por fim, ao nos voltarmos para as encomendas acumuladas desde o início do ano, chega-se à realidade completamente oposta e ainda bastante negativa para a Boeing. Também segundo o Seeking Alpha, a Airbus tem 365 pedidos conquistados neste ano, contra 58 da concorrente dos EUA. Enquanto isso, o número acumulado de cancelamentos é de apenas 66 para a europeia, contra pesados 322 da Boeing.
Airbus
- Zero pedidos em maio
- Zero cancelamentos em maio
- 365 pedidos no ano até maio
- 66 cancelamentos no ano até maio
Boeing
- 9 pedidos em maio
- 18 cancelamentos em maio
- 58 pedidos no ano até maio
- 322 cancelamentos no ano até maio
E é bastante importante ressaltar ainda uma característica fundamental destes 9 pedidos recebidos pela Boeing em maio. Note que todos os modelos apresentam a letra “F” de Freighter, ou seja, são todos cargueiros.
Um dado negativo para ambas as fabricantes, pois mostra que a demanda de jatos de passageiros continua em estado de estagnação completa, porém, muito positivo para a Boeing em um aspecto particular. A fabricante segue dominando de forma absoluta o mercado mundial de novos aviões cargueiros, tanto pela qualidade de seus produtos quanto pela ausência de concorrentes à altura.
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