Boeing aumenta carteira de pedidos após 14 meses de baixas

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Imagem: Boeing

Assim como havíamos publicado no início de fevereiro, depois de um ano desastroso, tanto pelos cancelamentos de encomendas devido aos impactos da pandemia na aviação global quanto pelos atrasos na recertificação do 737 MAX e no andamento de outros projetos, a Boeing havia revertido sua tendência e fechado o primeiro mês de 2021 com algo a comemorar em relação a sua concorrente direta Airbus (relembre clicando aqui).

Agora, depois de 14 meses com mais cancelamentos do que novas encomendas, no fechamento de fevereiro de 2021 a grande fabricante americana volta a superar a rival ao registrar crescimento em sua carteira de pedidos. A empresa vendeu mais que a concorrente Airbus em fevereiro, colocando em xeque a crise com seus 737 MAX, segundo dados atualizados pela Boeing nesta semana.

Com o aumento nas viagens à medida que as vacinações da Covid-19 vêm ganhando forças, as companhias aéreas começam a se planejar, fazendo novas encomendas, como é o caso a United Airlines.

Em fevereiro, a terceira maior linha aérea dos Estados Unidos e do mundo liderou as encomendas da Boeing com um pedido de mais 25 jatos 737 MAX, colocando uma esperança de superação da maior crise de aviões a jato da história dos Estados Unidos, iniciada depois dos acidentes com a Lion Air e Ethiopian Airlines, deixando toda a frota do modelo retida em solo.

Com isso, só em fevereiro a Boeing contabilizou 82 pedidos, sendo a maioria deles de 737 MAX e 777X, totalizando 86 pedidos brutos totais para 2021. Enquanto isso, os cancelamentos no mês somaram 51 jatos.

Sua maior concorrente, a europeia Airbus, ficou no negativo em 81 pedidos, registrando 11 novos pedidos e 92 cancelamentos, após grandes vendas desde o início da crise da sua concorrente com o 737 MAX.

Entretanto, apesar dos dados a comemorar, ainda há com o que se preocupar. Embora tenha tido uma alta na carteira de encomendas, a fabricante não entregou nenhum 787 Dreamliner pelo quarto mês seguido, e ainda trabalha em meio à crise da pandemia tentando conter grandes perdas de seus negócios com aeronaves comerciais.

Sem entregar nenhum 787 desde outubro, a americana realiza inspeções e repara as falhas de fabricação em mais de 80 aeronaves que estão em armazenamento e assegurou que levará o tempo que for necessário para ajustar quaisquer planos de entrega, dizendo ainda que está em comunicação constante e transparente com os clientes e reguladores.

A Boeing vem sofrendo com problemas na fuselagem do Dreamliner, como mostramos em matéria publicada há poucas semanas, que você pode rever clicando aqui ou no título a seguir.

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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