A Boeing informou a seus fornecedores que vai retomar a produção dos jatos 737 a uma taxa de 52 aeronaves por mês em fevereiro de 2020, e depois elevar para o número para o recorde de 57 jatos mensais em junho, informou a agência Reuters nesta quinta-feira (22).
Segundo as informações obtidas pela agência, a Boeing disse a mais de 100 fornecedores durante uma reunião via Internet em 30 de julho, alertando que o novo cronograma ainda dependeria da aprovação dos reguladores para o 737 MAX voar novamente comercialmente no quarto trimestre.
As ações da Boeing, maior exportadora dos Estados Unidos, com cerca de 145 mil funcionários, aumentaram 4,5% na bolsa norte-americana, mostrando a confiança do mercado financeiro diante da perspectiva.
Não há garantia de que os reguladores liberarão o 737 MAX para voar novamente, e o presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse aos analistas no mês passado que a Boeing consideraria mais cortes na produção ou até a suspensão da produção se a suspensão se arrastasse.
Em abril, a Boeing reduziu o número de 737s que produz mensalmente de 52 para 42, depois de interromper as entregas aos clientes de companhias aéreas, cortando uma fonte importante de caixa e atingindo margens financeiras.
Como a suspensão dos voos aconteceu quando a Boeing estava subindo para níveis recorde de produção, e cada movimento da extensa cadeia de fornecimento tem que ser planejado com muita antecedência, a Boeing e seus fornecedores agora estão presos entre duas pressões conflitantes: devem estar preparados para voltar ao ritmo ascendente assim que o avião estiver voando, mas também preparados para um ritmo ainda mais decadente se a suspensão continuar por mais tempo do que o esperado.
Mas até mesmo algumas companhias aéreas estão otimistas com a liberação do 737 MAX, como no caso da American Airlines que já tem uma extensa programação de voos com o modelo ainda antes do final deste ano. Veja a seguir.
Informações pela Reuters.
