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Boeing decidiu tirar produção do 787 da sua terra natal, apontam jornais

Após muitos rumores da saída da linha de produção do 787 Dreamliner das instalações da Boeing, três grandes jornais americanos confirmaram a mudança.

787 Dreamliner no Museum of Flight, no Aeroporto Boeing Field em Seattle, Washington

Os rumores têm circulado há semanas sobre a unificação da linha de produção do 787 Dreamliner, que é o primeiro Boeing fabricado fora do estado de Washington (com exceção dos projetos oriundos da McDonnell Douglas).

O motivo seria simples: a redução de custos diante da pior crise da história da aviação causada pela Pandemia do Coronavírus, que jogou para baixo as encomendas de todos os aviões, principalmente dos maiores como o Dreamliner, que operam majoritariamente em voos internacionais. Mas a solução não é tão simples.

Pensando de forma simplória na linha de montagem do 787, seria mais barato manter apenas em Washington, já que o 767, 747 e 777 são produzidos “no corredor ao lado”, literalmente. Sua fuselagem, porém, é toda fabricada na Carolina do Sul, o que encarecia o processo dos avões produzidos em Washington, já que essas partes precisam ser transladadas pelo 747 Dreamlifter, atravessando todos os Estados Unidos, da costa leste para a oeste. Logo, manter a produção na Carolina do Sul seria algo mais lógico. No meio desta decisão estão os empregados das duas filiais e os governadores dos estados, que brigam por manter a Boeing no seu respectivo estado, dando belos incentivos fiscais.

Agora, segundo o Wall Street Journal, e também a FOX News e a KOMO News (filiada da ABC News em Washington), a decisão está batida: o 787 não seria feito montado nos arredores de Seattle.

A Boeing deve fazer o anúncio do fim da linha de produção em Washington ainda nesta semana, numa decisão que deverá ser marcada por protestos por parte dos trabalhadores da terra natal da fabricante.

Por outro lado, a planta da Carolina do Sul tem apresentado um número maior de inconformidades na produção do Dreamliner, num padrão “menor” de qualidade do que o “berço” original da Boeing. Isto pode não agradar muitas empresas aéreas, que reavaliam entregas e encomendas neste momento.

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