Boeing encontra novo problema no 787, dessa vez na cauda do avião

Avião Boeing 787-9 American Airlines

Os problemas na Boeing parecem não chegar ao fim. Enquanto o Boeing 737 MAX inicia uma campanha de testes com a agência europeia (EASA) rumo à sua (re)certificação, novos problemas surgem na linha Dreamliner. Depois de um escândalo de corrupção e de problemas com a junção de partes da fuselagem que podem parar 900 jatos, dessa vez a falha está na cauda, especialmente no estabilizador horizontal do 787.p

Segundo matéria do The Wall Street Journal, a Boeing anunciou na terça-feira (8) um problema afetando o estabilizador horizontal em aviões que ainda não foram entregues e que, de fato, estão atrasando a sua saída da fábrica, embora a fabricante americana informe que não se trata de um problema de segurança.

“Estamos inspecionando os aviões em produção para garantir que quaisquer problemas sejam resolvidos antes da entrega”, acrescentou a empresa. “Estamos tomando as medidas adequadas para resolver esses problemas e evitar que aconteçam novamente. A FAA foi totalmente informada e continuaremos a trabalhar de perto com eles no futuro”.

“Separadamente, nosso programa de garantia de qualidade identificou problemas distintos no 787. Estamos dedicando um tempo para inspecionar completamente os 787 concluídos para garantir que estejam livres de problemas e atendam a todas as especificações de engenharia antes da entrega. Prevemos que essas inspeções afetem o tempo das entregas no curto prazo”.

A FAA emitiu um comunicado em seguida dizendo que estava trabalhando com a Boeing para investigar as falhas e que era muito cedo para especular sobre quais medidas adicionais, se houver, precisariam ser tomadas.

Segundo nosso parceiro Aviacionline apurou, durante a montagem do estabilizador do 787, os engenheiros descobriram que “certos componentes foram apertados durante o processo de construção com uma força maior do que a especificada”, o que poderia deixar a estrutura com espaços entre os componentes mais largos que o padrão permitido. O problema “pode ​​levar ao envelhecimento prematuro da peça”, ou seja, ao cansaço precoce da estrutura do estabilizador horizontal.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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