Uma semana após a Boeing ter informado que empurraria a primeira entrega do 777X para 2023, tornou-se conhecido do mercado que a fabricante considera que perderá um terço de todos os pedidos firmes que tinha para o modelo antes da pandemia.
O artigo da Reuters explica que isso se deve, basicamente, a uma regra contábil e que as empresas aéreas ainda não cancelaram os pedidos efetivamente.
Segundo a agência apurou, as regras contábeis às quais a Boeing está sujeita pedem que o livro de pedidos seja continuamente avaliado e que, qualquer encomenda que possa ser colocada em dúvida, deve ser removida da receita projetada. Em seguida, a fabricante deve ver o que sobrou e fazer uma nova avaliação de viabilidade do projeto.
Dito isso, parece que a Boeing não está confiante quanto ao atendimento de todos os pedidos, tendo reduzido sua expectativa significativamente. Hoje, a fabricante espera entregar 191 aeronaves, contra um livro de encomendas que totalizava 309 antes da pandemia. Uma diferença de 118 aeronaves.
A Boeing, no entanto, não divulgou quais clientes ela acredita que cancelarão pedidos. Atualmente, têm encomendas do 777X a All Nippon Airways, British Airways, Cathay Pacific, Emirates, Etihad, Lufthansa, Qatar Airways e Singapore Airlines. Só a Emirates tem 115 encomendados.
