O jornal Valor Econômico e a Reuters reportaram que a Boeing pretende fazer um acordo de joint-venture para compartilhar custos e lucros ou desenvolver novos produtos com a Embraer, isto sem mudar o controle acionário da empresa brasileira.
Atualmente o governo brasileiro é detentor de 5,4% das ações da Embraer, mas tem o golden-share, que permite barrar qualquer decisão do conselho de investidores com seu poder de veto. Agora, com as conversas rumando para uma parceria para novos produtos, aumentando o portifólio das empresas sem tirar o controle do governo, a aprovação frente ao Presidente Temer pode se tornar mais fácil.
Por outro lado, uma participação menor ou uma joint-venture não daria toda a liberdade necessária para a Boeing decidir sobre projetos e permitir um intercâmbio de tecnologias entre as empresas, segundo uma fonte disse à Reuters.
Fontes reportam que o principal objetivo da Boeing neste movimento de compra da Embraer seria ter consigo o portifólio dos jatos regionais da Embraer, best-sellers na categoria por décadas. Outra vantagem seria adotar tecnologias das aeronaves 737 MAX, 777X e 787 Dreamliner nos Embraer e vice-versa, fazendo os produtos melhores e mais atrativos.
Apesar de Temer ser contrário à medida (em uma decisão que até agora parece ser puramente populista), o fundador e ex-presidente da Embraer, senhor Ozires Silva, é favorável à parceria e demonstra estar mais a par das negociações, conforme noticiamos anteriormente em nossa análise sobre esta compra.
