A Corte Americana de Comércio Internacional votou de maneira unânime contra a apelação da Boeing sobre a Bombardier, alegando que estava sendo prejudicada devido a subsídios ilegais do governo canadense no programa CSeries da Bombardier.
Apesar da decisão inicial de impor taxas/impostos de 200% e posteriormente de 300% sobre cada jato CSeries vendido para uma empresa americana, a Boeing não conseguiu convencer a corte. Sendo assim a venda para a Delta Air Lines continua inafetada, sendo um duro golpe contra a Boeing, que além de ter perdido a venda contra o CSeries, recentemente não foi a escolhida pela Delta para substituir os seus Boeings 757.
Com a decisão final de hoje (que ainda pode caber apelação) a Airbus se fortalece ainda mais no mercado americano, já que a mesma comprou metade do programa CSeries e irá construir o jato nos EUA. A Bombardier por sua vez teve hoje uma alta de 15% na bolsa, um recorde que traz fôlego para a empresa, que tem passado por dificuldades financeiras nos últimos anos.
Embraer e Boeing
Prevendo ou não uma reviravolta, a Boeing veio ao Brasil para oferecer uma compra ou joint-venture com a Embraer, para não perder de vez a liderança no mercado de jatos de corredor único. A decisão foi rejeitada de início pelo governo brasileiro, mas as conversas continuam em andamento.
O governo federal teme que a Boeing interfira na Embraer Defesa & Segurança, parte menos rentável da empresa mas que tem um grande valor estratégico. Também temendo ser prejudicada, os executivos da sueca SAAB – que fabrica o caça Gripen NG da FAB – vieram a Brasília nesta semana no jato executivo da empresa, para falar sobre o projeto Gripen e a Boeing + Embraer.
Esta decisão de hoje da corte coloca a Embraer em vantagem na negociação, já que a Boeing não conseguirá invibializar a venda do CSeries nos EUA e perde poder de barganha. A fabricante americana ainda pode apelar na própria corte ou na NAFTA.
Com informações da CNN Money