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Boeing procura maneiras de reduzir custos de produção do 787-8

Boeing 787-8 da ANA – Toshi Aoki – JP Spotters via Wikimedia Commons

O menor dos 787 Dreamliners está na mira da Boeing para um esforço sério de redução de custos, visando a manter a viabilidade do modelo em meio à crise. Segundo Scott Hamilton, da Leeham News & Analysis, a Boeing quer manter uma taxa de lucro mais próxima dos maiores 787-9 e 787-10, que têm um custo de produção um pouco mais alto, mas levam mais passageiros e, portanto, a fabricante pode cobrar mais por eles.

Em 2018, a cauda do 787-8 foi modificada para ser igual a dos modelos maiores, reduzindo custos, simplificando processos e trazendo para 40% a taxa de compatibilidade com os outros modelos. Agora, a empresa procura outros meios de aumentar essa sinergia para baixar ainda mais o custo de produção do menor dos Dreamliners.

O modelo -8 ainda sofre em alguma escala com o dano à sua imagem causada pelos problemas iniciais na bateria, que inclusive gerou um incêndio em julho de 2013. O problema em si não era específico do menor modelo, mas por ser o primeiro a sair de fábrica, foi a “testa de ferro” do projeto. Soma-se isso o fato de que o avião não substituiu completamente a linha 767, por ser maior, mais pesado, e bem mais caro, se tornando um produto de nicho.

No gráfico acima, a Leeham, é possível perceber que o 787-8 tem mais encomendas que o 787-10 no total, mas um número menor de encomendas faltantes, o que faz com que apenas um jato -8 saia da linha de produção a cada dois meses.

Conseguir clientes agora na pandemia não será fácil, já que o mercado de aviões usados, incluindo o Dreamliner, tem aumentado muito, mas a estratégia da Boeing no longo prazo é baixar o preço sem diminuir o lucro.

Para isso, pode inclusive recorrer à uma medida drástica: fechar uma das duas fábricas do 787 Dreamliner, seja na Carolina do Norte ou em sua terra natal.

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