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Boeing volta a ter lucro em suas operações após longo tempo de prejuízos

Boeing 737 MAX-8 – Imagem: Oleg V. Belyakov / CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

A Boeing publicou na manhã desta quarta-feira, 28 de julho, seus resultados operacionais e financeiros ao mercado em geral, mostrando que a fabricante americana aeroespacial finalmente retornou ao campo dos resultados positivos no 2º trimestre de 2021 após vários períodos de grandes prejuízos devido à crise da Covid-19 e às próprias crises internas da companhia.

Segundo o resumo financeiro apresentado pela Boeing, o 2º trimestre deste ano resultou em ganhos líquidos de US$ 567 milhões (GAAP), ou US$ 755 milhões (non-GAAP), frente a um prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões (GAAP), ou US$ 3,0 bilhões (non-GAAP) no mesmo período de 2020.

O primeiro lucro foi suficiente também para tornar positivo o resultado de toda a primeira metade deste ano 2021. Após prejuízo no 1º trimestre, o lucro do 2º trimestre levou a um singelo, mas positivo, ganho líquido de US$ 6 milhões (GAAP), ou US$ 402 milhões (non-GAAP), no 1º semestre deste ano.

Vale ressaltar que mesmo antes da crise da Covid-19, no 2º trimestre de 2019, a Boeing já registrava pesados prejuízos por conta da crise dos Boeings 737 MAX paralisados em todo o mundo. A sequência de resultados dos segundos trimestres de cada ano (GAAP) desde 2018 é a seguinte:

2T-2018: Lucro de US$ 2,196 bilhões
2T-2019: Prejuízo de US$ 2,942 bilhões
2T-2020: Prejuízo de US$ 2,395 bilhões
2T-2021: Lucro de US$ 567 milhões

“Continuamos a fazer progressos importantes no segundo trimestre, pois nos concentramos em impulsionar a estabilidade em nossas operações e transformar nossos negócios para o futuro”, disse o presidente e diretor executivo da Boeing, David Calhoun.

“Enquanto nosso ambiente de mercado comercial está melhorando, estamos monitorando de perto as taxas de casos de COVID-19, distribuição de vacinas e comércio global como indicadores-chave para a estabilidade de nossa indústria. Como continuamos nos posicionando para uma recuperação robusta, continuamos comprometidos com a segurança e a qualidade, ao mesmo tempo que investimos em nosso pessoal, produtos e tecnologia. Tenho orgulho da resiliência e do comprometimento de nossa equipe enquanto trabalhamos para reconstruir a confiança, melhorar nosso desempenho e atender nossos clientes comerciais, de defesa, espaciais e de serviços”, completou Calhoun.

Resultados do segmento de Aviões Comerciais

A receita do segmento de aviões comerciais no segundo trimestre aumentou para US$ 6,0 bilhões, impulsionada principalmente por maiores entregas de aviões comerciais.

A Boeing está continuando a progredir no retorno global seguro ao serviço do 737 MAX. Desde a aprovação da FAA para retornar o modelo às operações em novembro de 2020, a Boeing entregou mais de 130 aeronaves 737 MAX e as companhias aéreas devolveram ao serviço mais de 190 aviões aterrados anteriormente. Trinta companhias aéreas operam agora o 737 MAX, voando em quase 95.000 voos regulares, totalizando mais de 218.000 horas de voo (até 25 de julho de 2021).

O programa 737 está produzindo atualmente a uma taxa de aproximadamente 16 por mês e continua a esperar aumentar gradualmente a produção para 31 por mês no início de 2022 com aumentos adicionais para corresponder à demanda do mercado. A empresa continuará avaliando o plano de taxas de produção à medida que monitora o ambiente do mercado e se engaja nas discussões com os clientes.

Como a Boeing compartilhou anteriormente, a empresa está conduzindo inspeções e retrabalho e continua a se envolver em discussões detalhadas com a FAA sobre a metodologia de verificação para o modelo 787. Em conexão com esses esforços, a empresa anunciou no início deste mês que identificou retrabalho adicional que será exigido em 787s não entregues. Com base na avaliação do tempo necessário para concluir este trabalho, a Boeing está redefinindo a prioridade dos recursos de produção por algumas semanas para dar suporte à inspeção e retrabalho.

À medida que esse trabalho vai sendo executado, a taxa de produção do 787 ficará temporariamente menor que cinco por mês e depois retornará gradualmente a essa taxa. A Boeing espera entregar menos da metade dos 787s atualmente em estoque neste ano.

O segmento de aviões comerciais garantiu pedidos de 200 aeronaves 737 para a United Airlines, 34 aeronaves 737 para a Southwest Airlines e um total de 31 aeronaves cargueiras no período.

O número de entregas foi de 79 aviões durante o trimestre e a carteira de pedidos inclui mais de 4.100 aviões avaliados em US$ 285 bilhões.

Para conferir os dados financeiros completos e os resultados referentes aos segmentos de “Defesa, Espaço e Segurança” e de “Serviços Globais”, acesse a divulgação oficial da Boeing através deste link.

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