Boeing volta atrás e exigirá treinamento em simulador para o 737 MAX

A Boeing voltou atrás de uma decisão antiga: a de não exigir treinamento em simulador para pilotos que migrassem do 737 NG para o 737 MAX.

737 MAX
Cabine de comando do 737 MAX

Agora, segundo a FAA, “a Boeing irá considerar as recomendações para treinamento em simulador dos tripulantes de voo”.

O principal motivo para a Boeing ter cortado o tempo de simulador entre a geração anterior do 737 e a nova é simples: custos.

Na concorrente Airbus, não é exigido tempo de simulador do A320ceo para o A320neo, por exemplo. Neste caso, entretanto, a transição é mais simples já que a mudança se limita basicamente aos motores e não ao painel em si.

Já no 737 MAX, houve um “salto” da aviônica anterior para a atual. Mas apenas a nova disposição dos instrumentos e telas não foi suficiente para que a Boeing julgasse como essencial o treinamento no simulador.

Sendo assim, por vontade própria, apenas a panamenha Copa Airlines promoveu o curso de simulador no 737 MAX para seus pilotos.

Caso esta exigência seja publicada, será necessário que as empresas aéreas que já receberam ou irão receber o MAX se adequem em tempo recorde para treinar seus tripulantes no simulador certificado.

Até o momento, apenas a CAE conta com simuladores certificados do 737 MAX: em Toronto no Canadá e em Adis Abeba na Etiópia. Este último foi instalado em janeiro de 2019 na academia de voo da Ethiopian Airlines, meses antes do jato da mesma sofrer um acidente fatal.

E a empresa especializada em treinamento já está construindo novos simuladores desde novembro passado, esperando realmente uma demanda maior por parte das agências reguladoras e das companhias aéreas.

Com informações da Reuters.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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