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Boeing prevê demanda por 930 cargueiros puros e 1500 convertidos em 20 anos

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Avião Boeing 747-400F KLM Cargo
Boeing 747-400F

A Boeing divulgou nesta terça-feira, 17 de novembro, sua previsão bienal de demanda mundial do setor de carga aérea (WACF – World Air Cargo Forecast), refletindo os impactos e oportunidades gerados pela COVID-19, bem como a demanda substancial de longo prazo por aviões cargueiros nas próximas duas décadas.

Influenciado por uma retomada no comércio global e crescimento de longo prazo, o WACF prevê demanda por 2.430 cargueiros nos próximos 20 anos, sendo 930 novos cargueiros de produção e 1.500 cargueiros convertidos a partir de aviões de passageiros.

Destes 2.430 novos cargueiros, 1.180 (49%) deverão substituir aviões antigos, enquanto os demais 1.250 (51%) representarão um aumento efetivo da frota mundial de aviões de carga.

De acordo com a nova previsão, o tráfego mundial de carga aérea crescerá 4% ao ano nos próximos 20 anos. Esse crescimento é influenciado pelo comércio e pelo aumento das remessas expressas para apoiar a expansão das operações de comércio eletrônico.

Com esses desenvolvimentos e a necessidade comprovada de capacidade dedicada de cargueiros para dar suporte ao sistema de transporte mundial, espera-se que a frota global de carga aérea cresça mais de 60% até 2039.

Os operadores de cargueiros estiveram em uma posição única em 2020 para atender aos requisitos de velocidade, confiabilidade e segurança do mercado, transportando suprimentos médicos e outros bens para pessoas e comunidades em todo o mundo.

Boeing 777F – Imagem: dxme / CC BY-SA

Segundo Darren Hulst, vice-presidente de Marketing Comercial, “Olhando para o futuro, os cargueiros dedicados serão ainda mais críticos para competir nos mercados de carga. Eles transportam mais da metade do tráfego de carga aérea, e as companhias que os operam ganham quase 90% da receita da indústria de carga aérea.”

Além de projetar a demanda de longo prazo por cargueiros, o WACF fornece insights sobre o desempenho da carga aérea durante a pandemia, incluindo o seguinte:

– O e-commerce, que crescia a taxas de dois dígitos antes da pandemia, acelerou seu impacto no mercado de carga aérea à medida que mais empresas mudaram para plataformas de venda online. No acumulado do ano, até setembro, as operadoras expressas aumentaram o tráfego em 14%;

– A carga na “barriga” dos aviões de passageiros, que em 2019 representava cerca de metade da capacidade de carga aérea mundial, foi significativamente reduzida quando as companhias aéreas estacionaram milhares de aviões. Operadores de cargueiros responderam operando acima dos níveis de utilização normais, e o tráfego para transportadores de carga cresceu 6%;

– Até agora, em 2020, aproximadamente 200 companhias aéreas usaram mais de 2.000 aeronaves de passageiros widebody para operações apenas de carga para gerar fluxo de caixa e apoiar cadeias de abastecimento globais. Esses “cargueiros de passageiros” compensaram parte da falta de capacidade e, em alguns casos, geraram lucros trimestrais para as transportadoras, apesar das operações mínimas de passageiros.

Informações da Boeing

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