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Como parte das suas novas políticas de governança, a Boeing está criando uma regra em que atrela o bônus dos executivos da empresa a dois fatores novos: o retorno seguro do 737 MAX e a entrada em serviço bem-sucedida do 777X. As novas medidas de desempenho foram anunciadas na semana passada, reporta a Reuters.
Investigações do Congresso Americano constataram que a fabricante estava envolta em pressão por resultados e, para que os objetivos de negócio fossem atingidos, negligenciou inspeções, ocultou problemas e enganou o legislador. E esse é um cenário que David Calhoun, o CEO, precisa eliminar.
Dessa forma, a partir de 2021, a avaliação anual de desempenho, que define o bônus de cada executivo, será diretamente afetada por fatores de segurança, numa tentativa de fazer “doer no bolso”, caso haja algo errado com as aeronaves. Além de assegurar que a cultura tóxica do passado não mais retorne aos quadros da Boeing.
Desde o ano passado, o CEO da fabricante de aviões, David Calhoun, já havia renunciado ao seu salário mensal de US$ 269.231, quando a pandemia COVID-19 se instalou e a empresa se viu obrigada a reduzir seu tamanho, demitindo milhares de pessoas. Mesmo tendo renunciado a US$ 3,6 milhões no ano, Calhoun ainda ganhou US$ 21,1 milhões na forma de outras compensações em 2020.