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A consultoria internacional do mercado aéreo Air Insight publicou recentemente um estudo que mostra que Brasil, e logo na sequência a Colômbia, são os países com mais operações de aeronaves comerciais movidas a hélice na América Latina.
Entre elas, a família ATR tem domínio absoluto. A fabricante possui os turboélices mais utilizados em todo o mundo e com especial aderência nos países latino-americanos.
Cerca de um quarto de toda a frota comercial da região é movida por motores a hélices. De acordo com o levantamento, existiam, em novembro de 2020, 232 turboélices em operação regular na aviação comercial de 16 países das Américas do Sul, Central e Caribe. Desse total, 136 são da fabricante francesa, sendo 75 do modelo ATR-72 e 61 do ATR-42.
No Brasil, o maior operadora de ATR’s é a companhia aérea Azul, com 30 aeronaves. Na Colômbia, Avianca e EasyFly operam nove e 19 aviões da família, respectivamente. Em terceiro lugar, o México conta com apenas uma única operadora do modelo, a Aeromar, com 13 aeronaves, mas a companhia enfrenta uma grave crise que ameaça sua existência.
As demais operações estão pulverizadas nos países caribenhos e da América Central, onde os pequenos territórios e predominância de ilhas favorecem o ATR.
A Air Insight também observou a perda de mercado de aeronaves a hélice das fabricantes Embraer, Fokker e Saab. Boa parte dos modelos dessas, ainda em operação, estão envelhecidas ou saindo do mercado. O EMB-120 se mantém, sobretudo no Brasil, com forte presença no segmento militar.
Para a consultoria, o mercado de turboélices deve crescer na América Latina nos próximos anos, sobretudo nos países amazônicos, como Brasil, Venezuela, Peru e Colômbia. A região possui cidades com pouca infraestrutura aeroportuária, que impede a operação de aeronaves maiores.
Há expectativa de que a Embraer cresça no mercado e se torne uma concorrente mais forte para a ATR.
