Brasil pode ter importantes operadores internacionais no leilão dos aeroportos, prevê ACI

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Aeroporto de Curitiba – Imagem: Divulgação / Infraero

Na semana passada, vimos o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, se mostrar otimista com o leilão dos 22 aeroportos, que irá atrair mais de R$ 6,1 bilhões em investimentos. Na ocasião, ele havia dito que notou “muito interesse do mercado americano, asiático e europeu no mercado interno brasileiro de aviação, em função do rápido reaquecimento”, que foi verificado nos últimos meses de 2020, o que indica que deve haver uma vigorosa retomada do setor após o controle da pandemia.

Agora, o Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC) mostra ter uma visão alinhada com a do secretário, informando que aguarda com otimismo a sexta rodada de concessão de aeroportos brasileiros, que será realizada nesta quarta-feira, dia 7 de abril.

Para o diretor-geral da ACI-LAC, Dr. Rafael Echevarne, “o Brasil teve e ainda tem um grande apelo para investidores internacionais, por isso não é surpreendente notar que é o país no mundo com maior presença de operadores aeroportuários internacionais”.

De acordo com o diretor-geral, o Brasil, assim como outros países da América Latina e Caribe, está em processo de reestruturação do mercado aeroportuário, e grandes operadoras que já participam do setor na região têm interesse em participar não apenas da sexta, mas também da sétima rodada de concessões, que ocorrerá em 2022.

“No Brasil, o mercado interno se destaca devido à sua dimensão geográfica de extensão continental e grande população. O potencial de crescimento do transporte aéreo brasileiro é muito importante, no entanto, no tráfego internacional. Para efeito de comparação, os passageiros internacionais no Brasil em 2019 eram menos da metade do México ou Portugal”, pontua Rafael.

Ele ressalta ainda que, neste momento de crise global e incertezas geradas pela pandemia da Covid-19, os investidores em infraestrutura estão mais atentos aos modelos de concessão apresentados nos processos licitatórios. O modelo de concessão em blocos que incluem grandes e pequenos terminais, como aconteceu na rodada anterior, no Brasil, tem sido utilizado em outras partes do mundo e na América Latina.

“O México é provavelmente o exemplo mais conhecido em todo o mundo, que tem sido muito bem-sucedido. Neste país, o governo identificou 34 aeroportos para a sua licitação, que foram divididos em três grandes grupos, de nove a treze aeroportos, cada um liderado por um grande aeroporto”, completa.

Informações da ACI-LAC

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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