A mais nova empreitada de David Neeleman, empresário brasileiro que fundou a Azul Linhas Aéreas, será novamente disruptiva, adotando um novo modelo de voos.
Aos 61 anos, o brasileiro, que nasceu em São Paulo mas foi criado em Utah, está estabelecendo sua quinta empresa aérea (sendo as anteriores a Morris Air, WestJet, JetBlue e Azul), mas dessa vez na cidade onde cresceu: Salt Lake City.
Em recente entrevista à Forbes, Neeleman afirmou que pretende começar a empresa com a mesma jogada que levou a JetBlue e a Azul ao sucesso: uma frota com aviões Embraer e um custo operacional menor que as concorrentes.
Outra estratégia que remete às anteriores é o tipo de operação, ou seja, realizar voos sem escalas a destinos turísticos e cidades menos conectadas, algo que a Azul faz sozinha em cerca de 40 cidades no Brasil.
No entanto, há algo novo no ar. Isso porque a Breeze disse que irá operar (inicialmente) apenas aos finais de semana, focando exatamente no passageiro turístico, algo hoje feito pelas concorrentes Allegiant Air e pela Sun Country Airlines, mas que operam sete dias por semana.
Segundo a empresa, isso será viável porque o preço do leasing (aluguel) dos jatos despencou por causa da pandemia, o que aumentou significativamente a disponibilidade de aeronaves no mercado.
Outro ponto destacado na entrevista é que as taxas de remarcação e cancelamento não existirão, além do que, para despachar bagagem, serão necessários apenas $20 dólares, ao menos $10 dólares mais em conta que as concorrentes.
Serviços de bordo serão oferecidos já no ato da compra, segundo Neeleman, de maneira intuitiva e amigável: “Vamos enviar uma mensagem do tipo: ‘Ei, vimos que você irá voar hoje. Gostaria de comprar um sanduíche de filé mignon para entregarmos em mãos no seu assento?’”, afirma o CEO.
A data de início dos voos da Breeze ainda não foi definida, mas é esperado que seja no verão americano, que começa em junho e vai até agosto.
