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Conforme informações obtidas diretamente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a British Airways solicitou, na data de ontem, o retorno de seus voos diários ao Brasil, especificamente para São Paulo. Atualmente, a empresa tem operado apenas algumas frequências semanais.
Os pedido refere-se a um voo diário entre Londres e São Paulo, que segue sendo operado com o Boeing 777-300 para 297 passageiros.
Nesse voo, a aeronave decola às 21h25 da capital inglesa para pousar às 6h10 da manhã do dia seguinte no aeroporto internacional de São Paulo. O retorno do serviço, que já tem aprovação da ANAC, é válido para o período de 1 de junho a 24 de outubro.
A British Airways está atualmente operando alguns voos por semana para SP com o Boeing 777-300, no entanto muito longe da presença que a empresa costumava ter por aqui. Pouco antes da pandemia aportar, a empresa chegou a anunciar o retorno do Boeing 747-400 no serviço para Guarulhos, mas os planos logo foram postergados por conta do começo do surto.
Apesar dos planos, é importante lembrar que tudo ao longo dessa pandemia é imprevisível e esses planos podem ser alterados caso haja uma postergação no fechamento das fronteiras brasileiras para estrangeiros. Por enquanto, não consta uma data para retorno do voo ao Rio de Janeiro.
A crise para a BA
O International Airlines Group (IAG), holding que controla a companhia, alertou que “o retorno do transporte de passageiros ao nível de 2019 levará alguns anos” e anunciou planos para cortar milhares de postos de trabalho, segundo o Financial Times.
Para o IAG é necessário estabelecer um “programa de reestruturação e demissões” até a demanda para viagens aéreas retornar aos níveis de 2019, conforme divulgado pela BBC.
“As propostas continuam sujeitas a consulta, mas é provável que a maior parte dos funcionários da British seja afetada, o que pode resultar na demissão de até 12.000 pessoas”, declarou o IAG, que também controla a espanhola Ibéria e a irlandesa Aer Lingus.
Em uma carta para o staff da British, seu CEO Alex Cruz declarou que as perspectivas para o setor da aviação pioraram ainda mais nas últimas semanas, e que uma ação imediata deve ser tomada.
O sindicato dos pilotos britânicos de linhas aéreas, a British Airline Pilots’ Association (BALPA), declarou estar “desolado” e promete lutar por cada vaga de trabalho cortada.
A British, conforme informado pela BBC, possui cerca de 4.500 pilotos e 16.000 tripulantes de cabine. Cerca de 23.000 funcionários da Empresa já foram colocados em licença.
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