O governo cabo-verdiano se aproxima de anunciar uma intervenção na companhia aérea local Cabo Verde Airlines, que havia sido privatizada em 2019, e está sem atividade comercial desde março em razão da pandemia. A empresa aérea, que hoje é controlada pela Icelandair, foi duramente afetada e teve sua estratégia desmoronada pelo vírus.
A empresa vinha mostrando um crescimento expressivo em sua malha de rotas e na frota, antes da pandemia, com novos aviões chegando e voos sendo lançados nas Américas, Europa e África, os quais tinham objetivo de elevar a empresa ao patamar de empresa aérea global, usando a Ilha do Sal como um hub de conexões a preços acessíveis. Mas tudo isso foi fortemente atrapalhado e, desde março, a empresa não voa.
Segundo o diário Visão, com a falta de interesse dos turistas estrangeiros, as restrições de fronteiras e as outras prioridades da Icelandair, dificilmente a empresa sobreviva à pandemia. Portanto, o governo cabo-verdiano se movimenta para intervir na empresa, que tem importância estratégica para o país, formado por um grande conjunto de ilhas.
A forma de intervenção não foi detalhada, mas o governo disse comprometido em salvaguardar o interesse da população e que também vai trabalhar no redimensionamento da companhia aérea, diminuindo o número de trabalhadores e aviões. Os três aviões Boeing 757-200, com os quais a empresa fazia os voos ao nordeste do Brasil e a Porto Alegre, além dos demais destinos nos EUA e Europa, estão parados em Opa Locka, na Flórida (EUA).
