O CADE, órgão responsável pela primeira análise e que pode barrar casos em que considere haver riscos para a concorrência, aprovou nessa quarta-feira (24), a joint-venture entre a Delta e a Latam para compartilhamento de voos entre as empresas. Com o negócio, as empresas formarão uma aliança estratégica de seus serviços de transporte aéreo envolvendo os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai.
O acordo foi anunciado em maio do ano passado, diante das dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas por causa da pandemia do coronavírus. Em setembro, a Superintendência Geral do Cade já havia aprovado o negócio entre Latam e Delta. O Tribunal de Justiça, no entanto, decidiu aprofundar a análise e levou o caso a julgamento da diretoria.
Na sessão de quarta-feira, o assessor relator, Luis braido, disse que o acordo gera sobreposição em rotas como São Paulo-Nova York, São Paulo-Miami e São Paulo-Orlando, além da rota que liga a capital paulista à Cidade do México. Apesar das altas concentrações, a superintendência não identificou preocupações concorrenciais devido à falta de barreiras significativas aos concorrentes em relação à infraestrutura aeroportuária e a alta rivalidade entre outras empresas do mercado, como a American Airlines.
