O primeiro dos dois 737-400F (número de série 28198) que a Azul Cargo Express receberá em regime de locação da Vx Capital tem previsão de chegada em meados de julho, e a segunda unidade (número de série 28053) já está em conversão em Tampa, nos Estados Unidos, com intervalo de apenas um mês após o primeiro. Ambas as unidades são aeronaves que pertenciam à Miami Air International, convertidas pela PEMCO.
Se os processos regulatórios costumeiros forem bem, ambos os cargueiros poderão voar até outubro. A intenção da Azul é aproveitar a chegada dos cargueiros para cobrir a saída dos A330 das rotas nacionais. Os widebodies são atualmente usados entre Viracopos, Manaus e Recife devido à demanda de carga nestes mercados, mas o crescimento das operações internacionais de passageiros faz com que a companhia precise dos mesmos para estas operações.
Embora nenhum cargueiro adicional esteja atualmente encomendado, a Azul Cargo espera que a demanda robusta por carga geral e correio possa garantir uma expansão da frota de cargueiros, que poderia incluir turboélices também. A Azul já opera alguns ATR 72-600 em configuração QC (“quick-change“, que permite mudança rápida de aeronave de passageiros para cargas) com vôos diários configurados para carga em cidades como Porto Alegre e Recife. Por enquanto, a Azul diz que os QCs são suficientes – mas dependendo de como a joint venture com os Correios se desenvolver, cargueiros puros podem ser adicionados.
Como é o caso em muitos mercados, o comércio eletrônico é um grande impulsionador da demanda por transporte aéreo no Brasil. À medida que a necessidade de transporte de encomendas cresce, tornou-se também cada vez mais comum que os varejistas eletrônicos utilizem as transportadoras aéreas diretamente.
Embora a Azul duvide que os varejistas eletrônicos atualmente ativos no mercado brasileiro estejam prontos para utilizar operações aéreas cargueiras – particularmente por causa dos obstáculos regulatórios de fazê-lo – a companhia diz que está investindo em novas tecnologias para melhor acomodar a exigência de varejistas on-line, como recursos de acompanhamento e rastreamento durante todo o processo de envio.
Também tem havido rumores de que a Amazon e a Azul estão em negociações para fazer parceria, mas a Azul diz que acredita em oportunidades para cooperação, mas não há planos concretos neste momento.
Com informações do Cargo Facts.
