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Um casal de passageiros de um voo da United Airlines foi obrigado a desembarcar após reclamar que um grupo de judeus ultra ortodoxos a bordo estaria disseminando o novo coronavírus e se recusar a sentar ao lado deles. O caso ocorreu no dia 2 de janeiro durante uma viagem entre Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Tel Aviv, em Israel.
De acordo com o jornal The Jerusalem Post, publicação em língua inglesa voltada para a comunidade judaica, o incidente começou no portão de embarque quando a dupla disse a um estudante ultra ortodoxo que ele estava “espalhando a doença” e gritou com ele. O motivo do ataque verbal seria porque o jovem não estava com o nariz coberto pela máscara, segundo relatos.
Os comissários informaram ao jornal que, depois que todos os passageiros embarcaram, o casal se recusou a sentar próximo dos religiosos. Segundo testemunhas ouvidas pela reportagem, os dois exigiram da tripulação que todos os judeus a bordo deveriam “se sentar juntos porque eles estavam espalhando a COVID-19 e o casal não queria ser contaminado”. Naquele momento, havia 60 passageiros na aeronave.
O comentário gerou uma onda de indignação dentro do voo. Outros passageiros começaram a discutir com o casal e pediram para a tripulação a expulsão da dupla. Após várias reclamações e vaias, os comissários retiraram os dois da aeronave com o aval do comandante. Os dois conseguiram embarcar em outro voo da mesma companhia, no dia seguinte.
Em nota, a United confirmou o fato e condenou o incidente.
“A United não tolerará discriminação de qualquer tipo. Quando tomamos conhecimento do caso, retiramos os passageiros da aeronave os realocamos em um voo posterior. Agradecemos a resposta rápida de nossa equipe que acredita em um ambiente seguro e respeitoso”, disse a empresa.
