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Caso dos Jumbos da Lufthansa estocados em Twente tem novo impasse

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O caso dos Jumbo da Lufthansa que estão estocados no aeroporto de Twente, na Holanda, e que foram proibidos e depois autorizados a decolar, agora entra em uma nova disputa entre as partes envolvidas.

Avião Jumbo Boeing 747-400 Lufthansa
Um dos Jumbos partindo de Twente – Imagem: Lufthansa

Relembrando o caso, seis Boeings 747-400 da Lufthansa foram levados para o Aeroporto de Twente e ficaram presos após as autoridades holandesas que regulamentam os transportes no país definirem que aviões como os Jumbo Jets não poderiam decolar do local, pois o pequeno aeroporto não oferecia condições adequadas de segurança para operações de partida.

Inicialmente as autoridades esperavam que os aviões fossem ser desmontados, como a maioria dos que para lá são levados, porém, posteriormente souberam que se tratava de um contrato de estocagem dos enormes jatos e que eles precisariam ser retirados.

Após o impasse, o responsável pelo aeroporto e a autoridade holandesa conversaram sobre a situação e entraram em um acordo no final de outubro do ano passado, definindo que seria aberta uma exceção para a decolagem dos seis 747s, desde que observadas todas as medidas de segurança necessárias, e que algo do tipo não deverá voltar a ocorrer no futuro.

Com isso, três dos seis 747 logo decolaram para Frankfurt e depois foram para o Aeroporto de Mojave, nos Estados Unidos, região desértica onde aviões são estocados, seja para aguardarem um novo interessado, seja para serem definitivamente aposentados e desmontados.

Mas, com os outros três Boeings 747-400 restantes permanecendo até hoje no Aeroporto de Twente e o prazo limite da autorização para que eles decolassem chegando ao fim, surge um novo problema.

Segundo o portal Tubantia, o acordo feito pela Inspetoria de Meio Ambiente e Transporte (ILT) com o aeroporto valerá até o dia 30 de junho de 2021, indo contra a vontade do Aeroporto de Twente, que mantém cada Boeing 747 estacionado por € 10.000 (cerca de R$ 66.000 na data de hoje) por mês em receitas de estocagem.

Um dos Jumbos em Twente – Imagem: Lufthansa

A insatisfação e preocupação do Aeroporto de Twente é que a partida forçada das aeronaves antes do final do contrato de estocagem, definido até junho de 2022, representará prejuízo de cerca de € 800.000 (R$ 5,3 milhões).

Isso porque, além da perda da receita de estocagem, o proprietário dos Jumbos terá custos ao fazer toda a manutenção para retirá-los da condição de estocagem e, quando chegar ao novo destino, colocá-los novamente em condição de armazenamento de longo prazo. Todos esses custos serão cobrados do Aeroporto de Twente devido à quebra do contrato, perdendo todo o valor de receita que já foi ganho até o momento.

O presidente da Base de Tecnologia de Twente, Jeroen Diepemaat, disse:

Como uma organização pública, lamento ter de levar outra organização governamental a tribunal, mas não vejo outra solução para evitar danos maiores e desnecessários à sociedade. O dinheiro da comunidade será queimado aqui. Ninguém em Twente se beneficia com isso e esses danos podem ser facilmente evitados deixando os equipamentos no lugar até o final do contrato”.

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