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CEO da Azul diz que a empresa terá que tomar “decisões difíceis” daqui para frente

Em uma mensagem à equipe, o CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, passou hoje uma mensagem transparente sobre o momento que a empresa está vivendo e falou sobre a necessidade de tomar “decisões difíceis” pela sobrevivência da empresa.

Ele diz que “infelizmente a retomada está muito mais devagar do que o esperado inicialmente” e que a empresa passará por dias difíceis e que “decisões difíceis” terão que ser tomadas. Por esse termo, entenda-se a redução da equipe e de custos desnecessários.

Segundo John, hoje a empresa está tendo mais ou menos 150 voos por dia e espera chegar ao mês de julho com 250, versus uma capacidade de quase 1.000 voos diários antes da pandemia. Além disso, a expectativa é que se chegue ao final do ano com cerca de 50% de sua capacidade.

Por conta disso, não é viável manter uma empresa com metade da receita e uma estrutura de custos inchada, e que ações deve ser tomadas já nas próximas semanas.

Rodgerson destaca que o time está buscando analisar todas as alternativas possíveis junto com os sindicatos para salvar a maior quantidade de empregos, enquanto que iniciativas como programa de demissões voluntárias, aposentadorias, licenças não-remuneradas são algumas das opções sendo consideradas. Ele também comenta sobre conversas com o governo para verificar o que pode ser feito do ponto de vista regulatório.

Ele finaliza a mensagem pedindo que todos entendam a situação difícil pela qual o mundo está passando, e destaca que, antes da pandemia, a Azul Linhas Aéreas vinha num momento de crescimento e com muita saúde, e que, em algum momento no futuro a empresa voltará a crescer.

“Um dia vamos voltar a receber novas aeronaves, mas talvez esse tempo esteja além do que todos nós desejamos”, diz John.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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