Dennis Muilenburg, CEO da Boeing, revelou que ele próprio esteve em dois voos de testes do B737 MAX nos últimos meses. Desde o aterramento do modelo, a Boeing já fez mais de 500 voos de teste para coletar dados vitais para o processo de re-certificação da FAA.
Em uma tentativa de reconquistar a confiança do mercado, o CEO da Boeing afirmou que outros funcionários estão “ansiosos para fazer o mesmo”, mas admite que a empresa tem muito trabalho a fazer se quiser reconquistar a confiança.
Apesar das especulações de que os cronogramas de re-certificação poderiam, novamente, estar sendo antecipados, Muilenberg reiterou à CNBC que o plano ainda é apresentar o pacote de certificação para a FAA em setembro. Ele continua confiante de que o jato retornará ao serviço no início do quarto trimestre.
Como a Boeing está conduzindo voos de teste?
Com o 737 MAX 8 e 9 banidos pela decisão da FAA, como a Boeing está conseguindo realizar tantos vôos de teste da aeronave? De acordo com a Wired, é o irmão mais novo do jato problemático que ainda é permitido voar.
A Wired observou um voo feito por um 737 MAX 7, que decolou do Boeing Field, perto de Seattle, e seguiu para o Pacífico, onde realizou várias manobras. Voando a uma variedade de altitudes e velocidades, o MAX manteve uma posição longe do tráfego aéreo enquanto conduzia o que a Boeing chamou de ‘voo de engenharia’.
Claramente, essa brecha permitiu que a Boeing testasse um membro da família MAX, sem quebrar nenhuma regra em relação à proibição.
Independentemente de quão longe o escrutínio do MAX vai, o que fica claro é que ninguém vai voar antes do final do período de verão. Segundo o OAG, isso significa uma perda de mais de 40 milhões de assentos nesta temporada. Algumas das transportadoras mais afetadas incluem a Air Canada, a Turkish, a China Southern e a Southwest.