CEO da Norwegian cobra prejuízos da Boeing sobre o 737 MAX

A Norwegian Air Shuttle se viu forçada a colocar a sua frota de Boeing 737 MAX 8 no chão após as similaridades entre os acidentes da Ethiopian Airlines e da Lion Air, e o CEO não quer deixar essa paralisação de graça.

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Bjørn Kjos afirmou que “é bem óbvio que não iremos tomar o custo devido aos aviões paralisados temporariamente, nós iremos enviar a conta para quem produziu a aeronave” em uma clara referência à Boeing.

A fabricante americana fez uma modificação de software sem avisar as empresas aéreas e esta modificação tem sido apresentada como um dos fatores latentes para a causa das duas quedas.

Atualmente a Norwegian possui 18 aviões do modelo, e decidiu por contra própria paralisar os voos, o que pode prejudicar qualquer contestação jurídica. Por outro lado horas depois a agência de aviação europeia, a EASA, decidiu por proibir voos do MAX em espaço aéreo de sua jurisdição.

O CEO ainda pediu desculpa pelos clientes afetados devido a suspensão dos voos e afirmou que a Norwegian perdeu apenas 1% da sua capacidade total de assentos, e espera que em breve as aeronaves voltem a voar.

EUA foram os últimos a proibirem os voos

Após um pedido do presidente Donald Trump, a FAA decidiu por ordenar que todos os aviões 737 MAX fossem mantidos no chão. Isso afeta diretamente a Boeing que não está mais autorizada a realizar voos de testes, de aceitação e de entrega.

A americana Southwest Airlines é a aérea mais afetada: 4,5% de sua frota é composta por aviões 737 MAX 8. Com a decisão da FAA de proibir os voos na data de hoje, a companhia teve que ordenar os aviões que estavam taxiando para decolagem retornassem ao pátio para desembarcar os passageiros.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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