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China já prevê a recuperação total das suas viagens aéreas em 2021

Airbus divulgação

A Autoridade da Aviação Civil da China (CAAC) publicou na terça-feira (12), um estudo em que informa que ajustará as políticas do setor no país para impulsionar a retomada dos voos internacionais e melhorar a capacidade de carga aérea. O órgão também informou que adotará medidas para promover a aviação domésticas e em rotas especificamente estratégicas para o país.

A previsão da CAAC é que a China retome, ainda nesse ano de 2021, o patamar pré-crise, tanto para viagens domésticas, quanto internacionais. Segundo as informações oficiais, as viagens aéreas domésticas atingiram 94,5% dos níveis de 2019 já no quarto trimestre do ano passado (2020).

Medidas

Segundo reportagem do China Daily, o documento divulgado prevê que o governo chinês acelere medidas para garantir horários de voos eficientes para companhias aéreas nacionais e internacionais, atualize a cooperação aérea China-EUA e China-Europa e, gradualmente, afrouxe as restrições de viagens aéreas nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

A CAAC planeja impulsionar o mercado doméstico de aviação desenvolvendo companhias aéreas regionais e estimulando a demanda por viagens em cidades de segundo e terceiro escalão, disse o relatório. O fortalecimento da cooperação com outras empresas de transporte e a promoção do desenvolvimento integrativo com as economias locais também serão incentivados.

No mundo, só em 2024

Enquanto a China pretende acelerar esse processo de retomada para os próximos 11 meses, para a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), a aviação internacional deve retornar aos níveis de 2019 somente em 2024. Além disso, a entidade espera que, ao final de 2025, o volume de transporte da aviação civil da China ultrapasse os Estados Unidos e se torne o número um no mundo.

País de origem da contaminação que gerou a pandemia de COVID-19, a China vem adotando medidas severas de prevenção e controle da doença. De acordo com analistas ouvidos pelo jornal malaio The Star, isso resultou em uma melhor administração da crise sanitária e, consequentemente, na recuperação mais rápida que a média global do mercado de aviação.

Como foi na China em 2020

O país realizou 420 milhões de viagens aéreas de passageiros aéreos no ano passado, marcando o segundo maior volume de aviação civil do mundo por 15 anos consecutivos, de acordo com o relatório divulgado pela CAAC. Em 2020, a China assinou acordos bilaterais de transporte aéreo com 128 países.

O professor da Universidade de Aviação Civil da China, Ouyang Jie, disse ao The Star que o país pode impulsionar a rede internacional de companhias aéreas mesmo durante a pandemia.

“A China precisa concentrar os centros de aviação internacional em cidades de primeiro nível, como Pequim, Xangai e Guangzhou. Pequim, em particular, deve desenvolver vigorosamente o transporte aéreo internacional em vez de servir aos passageiros domésticos. É o momento certo para fazer ajustes estruturais durante a pandemia”, disse ele.

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