A International Air Transport Association (IATA) divulgou na semana passada a publicação IATA World Air Transport Statistics (WATS) com números de desempenho para 2020, demonstrando os efeitos devastadores da pandemia no transporte aéreo global. Junto com as quedas abruptas dos números de voos e passageiros, o mercado aeronáutico viu algumas transformações importantes, sendo uma delas a elevação da China no maior mercado doméstico, pela primeira vez na história, por vários meses.
Em termos regionais, as quedas nas quantidades de passageiros foram expressivas. Na Ásia-Pacífico, o ano de 2020 viu 53,4% menos passageiros do que em 2019. Na América do Norte queda foi de 60,8%; na Europa foram 67,4% menos; na América Latina 60,6%; no Oriente Médio 67,6% e na África 65,7%.
No entanto, mesmo num ambiente de total desolação, cinco rotas mostraram um surpreendente resultado, vindo a crescer expressivamente em número de passageiros. Todas elas estão na Ásia e são:
1 – Hanói – Ho Chi Minh (Vietnã): 5,9 milhões de passageiros e um aumento de 54,3% em relação a 2019;
2 – Xangai – Shenzhen (China): 3,7 milhões, um aumento de 43,4%;
3 – Guangzhou -Xangai (China): 3,5 milhões, um aumento de 41,2%;
4 – Jeju – Seul (Coreia do Sul): 10,2 milhões, um aumento de 35,1%;
5 – Pequim – Xangai (China): 3,6 milhões, aumento de 11,8%.
Naturalmente, na medida em que o mercado aeronáutico é retomado, esses números sofrerão grandes mudanças. O fato, no entanto, é que o pós-pandemia será muito diferente do que se viu até o ano de 2019.
