Esse caso ficou famoso em dezembro do ano passado, quando a mídia mexicana atribuiu o dano no radome de um Boeing 737-800 da Aeromexico ao choque com um drone durante a aproximação para o aeroporto internacional General Abelardo L. Rodriguez, em Tijuana.
Agora, a Boeing concluiu que, provavelmente, um colapso estrutural tenha causado o rasgo no radome, refutando a tese de colisão com drone (que não foi sequer mencionado no relatório da fabricante).
Relembre
O incidente ocorreu por volta das 7:40 locais, do dia 12 de dezembro de 2018, quando o Boeing 737-800 de matrícula XA-ADV cumpria o voo AM770 de Guadalajara a Tijuana. Durante a aproximação, a tripulação escutou um ruído não-usual, mas continuou o procedimento normalmente e aterrissou sem problemas.
Uma vez em terra, se deram a conhecer os severos danos no radome (“nariz”) e no radar meteorológico do 737. De imediato, a hipótese de colisão com pássaros foi descartada, haja visto que não haviam sinais de sangue ou penas.
Restou como principal hipótese a provável colisão com um drone, já que esses objetos estão cada vez mais comuns nos céus do México, sobretudo nas regiões de fronteira (que é o caso de Tijuana), no monitoramento do fluxo de imigrantes rumo aos Estados Unidos.
No entanto, a conclusão da Boeing foi a de que a causa mais provável tenha sido uma falha no selo do compartimento do radome, que conduziu a um colapso estrutural.
Durante a inspeção, o fabricante identificou que toda a região periférica do radome havia sido selada em não-conformidade com o manual de manutenção da aeronave, que requer uma abertura de mais ou menos 20 cm (8 polegadas) para permitir a drenagem e a equalização das mudanças de pressão do compartimento durante o voo.
Assim, os engenheiros concluíram que esse problema provavelmente resultou em um diferencial de pressão no radome durante a descida, fazendo com que a peça estourasse, abrindo o rombo que você vê nas fotos.
Informações do nosso parceiro mexicano Transponder1200