Com a Azul retirando os Embraer E190, restam poucas formas de voar no modelo no Brasil

Apesar de ser um jato regional brasileiro de sucesso, com 568 encomendas, ver um E190 tem sido cada vez mais raro no Brasil, principalmente depois que a Azul Linhas Aéreas decidiu removê-los de operação, dando lugar aos E195, mas também devido ao seu baixo apelo na região e a poucas vendas a outras empresas brasileiras e sul-americanas.

Falando da Azul, ao longo de sua história ela operou um total de 22 aeronaves Embraer E190, muitos dos quais oriundos da JetBlue, mas hoje restam apenas cinco aeronaves (PR-AZA, AZC, AZE, AZG e AZL), que não voam desde março de 2020, quando a pandemia foi anunciada. Tal sinal indica que sua aposentadoria definitiva está próxima.

Desta forma, a quantidade de E190 voando no Brasil é mínima. Além dos dois exemplares da Força Aérea Brasileira, que ficam baseados em Brasília e servem aos poderes, há ainda o que pertence à empresa Vale e é empregado no transporte corporativo. Mas esses, são aviões que atendem a propósitos específicos.

Pessoas comuns que ainda quiserem voar num Embraer E190 no Brasil terão que procurar alternativas nas empresas aéreas estrangeiras. Segundo dados do registro de voos da ANAC, há ainda três empresas aéreas voando ao Brasil com o modelo:

Austral: da Argentina, faz voos de E190 para Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Amaszonas: da Bolívia, voa diariamente para São Paulo.

Amaszonas Uruguay: voava semanalmente para São Paulo, mas suspendeu atividades na semana passada e não se sabe quando retornam.

Enquanto isso, nos Estados Unidos e na Europa, ainda há uma variedade de empresas e rotas em que os jatos E190 são largamente empregados.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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