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Com a nova variante da Covid-19, ações e reservas de empresas da aviação afundam

A350-1000 da British Airways – Imagem: Anna Zvereva / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

A descoberta da nova variante do coronavírus na África do Sul, denominada Ômicron, fez com que as ações de companhias aéreas e fabricantes de aeronaves caíssem nos mercados financeiros mundiais.

Diante das incertezas geradas pelo surgimento dessa nova variante da Covid-19, vários governos mais uma vez impõem restrições de viagens a países do sul da África.

De acordo com nosso parceiro Aviacionline, países como Israel, Índia e Cingapura começaram a fortalecer os controles de chegada de viajantes de nações afetadas pela variante Ômicron, e companhias aéreas como Virgin Atlantic, British Airways e KLM estão modificando seus itinerários dos voos para a África do Sul devido à emergência sanitária.

“O volume de viagens cairia e a recuperação do setor seria adiada até que novas vacinas eficazes sejam desenvolvidas e aplicadas. Pelo contrário, se as vacinas existentes forem consideradas relativamente eficazes, as perspectivas de viagens pelo mundo devem se recuperar rapidamente”, disse Andrew Lobbenberg, Analista de Aviação do HSBC.

Os principais grupos de companhias aéreas europeias viram suas reservas de passagens aéreas e os valores de suas ações caírem bastante: Grupo Air France/KLM caiu -9,67%, Grupo Lufthansa, -12,8%, e IAG (Iberia e British Airways), -14,2%. Da fabricante Airbus caiu 11,5% e da Safran, 10,2%. Nos Estados Unidos, o valor dos papéis da American Airlines caiu 8,8%, da Delta caiu -8,3% e a United, -9,6%.

Empresas do Oriente Médio também podem ser afetadas

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou que propõe estabelecer um “bloqueio de emergência” para travar os voos para a União Europeia chegando da África do Sul, Botswana, Zimbabué, Lesoto, Eswatini e Namíbia.

Transportadoras aéreas do Oriente Médio, como Qatar Airways, Etihad Airways e Emirates, são as preferidas dos viajantes dos países listados e podem, portanto, ser afetadas por decisões da União Europeia e do Reino Unido.

Diante desta nova “onda” de restrições, o Diretor Geral da IATA, Willie Walsh, exortou os governos a “usar a experiência dos últimos dois anos para avançar em direção a uma abordagem coordenada e baseada em dados, que encontre alternativas seguras ao fechamento de fronteiras e quarentenas”.

“Os governos estão respondendo aos riscos de uma nova variante do coronavírus em modo de emergência, causando medo entre os viajantes”, acrescentou Walsh, enfatizando que as restrições não são uma solução adequada de longo prazo para o controle das variantes.

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