Com o cenário do fim da pandemia do coronavírus pelo mundo, diversas companhias aéreas vêm sofrendo um efeito surpresa com algumas subidas repentinas de demanda de voo nas últimas semanas.
Uma das mais importantes companhias aéreas dos Estados Unidos, a Delta Air Lines, disse na última segunda-feira, dia 21 de junho, que irá contratar até 1.000 pilotos até o verão de 2022. A medida de contração de novos tripulantes vem com o aumento na recuperação da demanda por voos.
Conforme relata a CNBC, já em abril desse ano, a companhia com sede em Atlanta disse que contrataria cerca de 75 pilotos entre junho a agosto num recomeço de contratações. Em comunicado à mídia, o chefe de operações da Delta, John Laughter, disse:
“Esta é uma notícia empolgante tanto para os pilotos que buscam ingressar na Delta quanto para aqueles de vocês que já estão na lista de antiguidade, porque significa oportunidades de progressão na carreira à medida que continuamos nossa recuperação, contabilização de aposentadorias programadas de pilotos e posição para expansão de rede.”
As contratações de novos pilotos também visam evitar problemas com falta de pessoal, visto que a companhia tem como expectativa um aumento contínuo no número de voos e espera não repetir a ocorrência do feriado americano de Ação de Graças e Natal, quando precisou cancelar dezenas de voos por falta de pilotos.
Para responder às chamadas e dúvidas dos pilotos, a Delta disse ainda na segunda-feira que acrescentaria um supervisor e treze programadores de tripulação.
Com o início da pandemia da COVID-19 no ano passado, que impactou fortemente o mercado da aviação comercial, várias companhias deixaram de contratar tripulantes e, para minimizar custos, ofereceram opções de licenças voluntárias para seus colaboradores. Agora, com a projeção de uma demanda maior por voos, algumas empresas aéreas americanas, como Spirit Airlines, United Airlines e American Airlines, também já visam retomar a contratação de novos tripulantes.
Nessa semana, a American Airlines começou a cancelar voos por falta de pilotos, também diante de uma alta demanda repentina de voos. A expectativa é que a empresa cancele em torno de 50 a 80 voos por dia nas próximas semanas, até que todos os pilotos de licença voltem, regularizem seu certificado médico e habilitações, e também saiam do tempo proibido de voo após a vacinação contra o Coronavírus.
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