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Comando da nova empresa teria gerado impasse da fusão de Azul e Latam

O início do compartilhamento de voos da Azul e da Latam teria sido o primeiro passo para a fusão da empresas, que teve sondagem do CADE, mas no final emperrou numa questão de comando, diz uma matéria da Veja.

As afirmações que a Revista Veja publicou hoje (18) objetivam dar um panorama da situação de tentativa de compra da Latam pela Azul, que tem sido um dos principais temas do mercado financeiro nas últimas semanas.

Segundo a publicação, a conversa entre as duas empresas foi levada até Brasília para passar pela sondagem do CADE, já que o negócio, caso fosse concretizado (ou seja, frutífero no futuro), resultaria numa concentração de mercado de 73%, algo que não se via desde a época da Varig. Entretanto, tudo isso parou num ponto: quem iria mandar na nova empresa.

A Veja diz que os chilenos da Latam queriam manter o controle da operação brasileira, mas a Azul também não queria abrir mão de comandar o próprio negócio, por mais que fosse parte de algo maior. Este impasse levou ao fim do acordo de codeshare, momento em que a Azul declarou estar olhando para uma consolidação de mercado, dando início aos rumores de uma tentativa de compra da Latam Brasil.

A Latam Brasil, por sua vez, negou que a divisão brasileira esteja à venda, embora esteja numa situação financeira mais delicada em meio a uma espécie de Recuperação Judicial (Chapter 11 da Lei Americana). Ainda segundo a revista, um dos credores, o Oaktree, demonstrou apoio a uma possível venda para a Azul, dado que este fundo de investimento detém 2% da empresa fundada por David Neeleman.

Outros pontos não levantados pela Veja, mas que são motivos de questionamento no mercado, seriam a concentração dos slots em Congonhas, questão de equiparação salarial dos funcionários e filosofia, que são bem distintas hoje em dia.

A dúvida aqui é sobre quantos capítulos ainda terá essa novela.

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