Comissária de bordo quebrou a perna após manobra abrupta do piloto

IMAGEM: YSSYguy via Wikimedia
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O Australian Transportation Safety Board (ATSB), agência de segurança na aviação da Austrália, finalizou um relatório sobre um incidente ocorrido em 2017 em que uma comissária de bordo da Virgin Australia quebrou a perna em voo após uma manobra abrupta do copiloto. Após o pouso, a tripulante ainda precisou esperar 90 minutos do chão da aeronave até ser finalmente socorrida.

O incidente ocorreu durante um voo doméstico entre Melbourne e Adelaide, em 13 de setembro de 2017.  De acordo com o jornal britânico DailyMail, o piloto do Boeing 737 foi orientado pelo controle de trafego aéreo e reduzir a altitude a fim prosseguir no perfil de aproximação para pouso. No entanto, uma mudança repentina do vento durante a descida resultou no aumento da velocidade da aeronave, que se aproximou do limite operacional máximo de 340 nós para aquela altitude.

Copiloto puxou o manche

Surpreendido, o primeiro oficial assumiu abruptamente o controle, o que desconectou o piloto automático e resultou numa desestabilização da aeronave. Na galley, dois comissários lanchavam e caíram com o solavanco. Os dois se machucaram, mas a comissária quebrou a perna com gravidade. Nenhum dos 151 passageiros se feriu.

O avião pousou minutos depois em situação de emergência, mas o resgate demorou mais de uma hora e meia porque a tripulante não conseguia se mover e uma maca não cabia no corredor. A mulher foi, então, arrastada pelo corredor por uma manta deslizante até ser acomodada em uma maca já fora da aeronave.

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Controle abrupto

Os investigadores de segurança concluíram que a decisão do copiloto de assumir abruptamente o controle da aeronave foi parcialmente motivada por diretrizes da Virgin Australia para evitar incidentes de velocidade excessiva. A companhia aérea informou que já implementou mudanças de política e mudou o treinamento interno para evitar futuros incidentes.

O diretor de segurança de transporte da ATSB, Stuart Godley, disse que o voo ultrapassou em “um nó” sua velocidade operacional máxima. Godley disse que o caso serve como lembrete aos pilotos de que eles podem recusar as instruções de controle de tráfego aéreo se acreditarem que as circunstâncias são inseguras.

Quem tiver interesse, pode ler o relatório completo no site da ATSB.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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