Comissário acusa passageira de ter criado risco biológico após fralda suja em avião

Um caso peculiar foi registrado nos Estados Unidos, após um comissário abordar uma passageira e alegar que a fralda de seu bebê colocava o avião em risco biológico.

Fotos Embraer / MaxPixel

O tal “incidente biológico” aconteceu durante um voo da Mesa Airlines, empesa que presta serviço regional da United Airlines sob a marca United Express. Segundo a médica Farah Naz Khan, de 34 anos, em entrevista à NBC, ela viajava com seu marido e sua pequena filha de Montana para o Texas, quando foi trocar a sua bebê no fraldário da parte de trás do avião.

Após jogar a fralda suja na lixeira, um comissário a confrontou dizendo: “Você simplesmente jogou a fralda suja ali atrás? Isto é um risco biológico”.

O risco biológico é um termo e símbolo usado para substâncias ou organismos que causam ameaça à vida humanal ou animal. Dentre os exemplos, estão o próprio Coronavírus ou lixo hospitalar. A exposição às fezes humanas per se pode representar um risco, segundo estudos, embora uma fralda, se bem embalada, mitigue esse risco.

Segundo Farah, quando ela consultou outro comissário, ela recebeu a informação de que não tinha nada de errado, enquanto que o primeiro sugeriu um saco de lixo exclusivo para por a fralda suja. Obviamente, uma discussão começou e durou algum tempo até que os ânimos se acalmasse.

Logo após chegar ao seu destino, a médica disse que abriu uma reclamação no site da Mesa Airlines. O mais bizarro estaria por vir. Segundo ela contou ela à mídia americana, algum tempo depois ela teria recebido uma ligação ameaçando-a.

“Eu reconheci a voz, era ele (dizendo ser o comissário) e me disse pelo telefone que ‘devido ao incidente biológico, nós a colocamos na lista de pessoas proibidas de voar’. Isso me deixou com muita raiva, porque sofri uma experiência humilhante. No final, eu nem joguei a fralda no lixo do avião, só joguei fora quando desembarquei”, afirmou Farah à NBC.

A humilhação teria continuado, com o comissário ainda no telefone falando: “Vocês levam as crianças para qualquer lugar. Você não sabe que algumas pessoas querem ter apenas um voo sossegado e não querem ouvir uma criança maldita?”.

Farah sentiu que o comissário foi xenofóbico ao falar “Vocês”, já que ela é de origem asiática e muçulmana. A United Airlines não quis comentar o caso oficialmente e falou que a Mesa é a responsável pela operação e que deveria responder sobre o caso.

Já a Mesa Airlines se limitou a dizer que “o caso descrito pela senhora não está dentro dos nossos padrões de atendimento de comissários e estamos revisando o assunto”.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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