Comissário de bordo dá opção, mas passageiro prefere armar confusão a bordo

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Os protetores de pescoço, conhecidos por alguns como polainas de pescoço, são uma cobertura facial adequada para a prevenção do coronavírus? A Spirit Airlines e um estudo científico dizem que não, mas um passageiro invocado diz sim. Isso resultou numa confusão a bordo que se estendeu para as redes sociais.

A questão ganhou especial destaque com um vídeo postado no Twitter, na semana passada, por um passageiro chamado Michael. Ele se diz “assediado por um comissário de bordo”, como escreveu na legenda. Por fim, ele marcou os comentaristas políticos Tucker Carlson, Sean Hannity e Ben Shapiro, notadamente de opinião contrária ao uso da máscara e de muitas medidas adotadas por governos contra a disseminação da doença.

Um comissário pede então para que Michael troque a máscara, alegando que apenas uma camada de tecido não atendia aos requisitos das companhias aéreas para a cobertura do rosto. O funcionário da empresa ofereceu outra máscara ao passageiro, para que apenas a use ou então coloque sob sua polaina. 

Mas Michael recusou: “Não preciso usar a máscara que você quer me dar, estou usando a máscara que eu tenho”, disse ele. Depois de muita confusão, o passageiro acabou trocando de máscara e o voo seguiu normalmente.

Veja o vídeo (espere carregar):

Máscaras de uma camada

Um estudo reportado pelo The Washington Post informa que o Center for Disease Control dos EUA (CDC) tem feito análises sobre o uso desses aparatos, mas “a eficácia é desconhecida neste momento”. Suas diretrizes especificam que devem ser usadas máscaras com duas camadas de tecido.

Um estudo recente da Duke University sugeriu que polainas de poliéster podem ser piores do que não usar máscara, porque a umidade pode ser expelida através do tecido em gotas tão pequenas que ficam suspensas no ar por mais tempo.

As empresas aéreas americanas adotam as recomendações do CDC. O próprio site da Spirit na internet especifica que as máscaras devem ter duas camadas de tecido, cobrir o nariz e a boca confortavelmente e serem seguras sob o queixo. A regra proíbe bandanas, polainas e protetores faciais que são abertos na parte inferior.

Um porta-voz da Spirit confirmou que a companhia aérea não considera as máscaras de camada única adequadas e disse que o homem também recusou a sugestão de dobrar a polaina de modo que o nariz e a boca fossem cobertos por uma camada dupla.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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