A chinesa Cathay Pacific, com sede em Hong Kong, endureceu suas regras e disse aos pilotos e comissários de bordo que seu emprego na companhia aérea seria revisto e seu contrato rescindido se eles não tomarem a vacina COVID-19 até agosto. Até então, a empresa vinha seguindo um processo de convencimento e o imunizante não era obrigatório, mas a adesão tem sido baixa.
A aérea também oferece um serviço médico de pré-vacinação gratuito na tentativa de amenizar os temores que alguns funcionários têm sobre a vacina. Relatada pela primeira vez pelo South China Morning Press, acredita-se que a mudança de política ocorreu porque a companhia aérea prevê retomar voos num futuro breve e quer, para isso, ter tripulações vacinadas.
Em um reporte recente, a companhia aérea disse que cerca de 90% dos pilotos e 65% dos comissários já haviam sido vacinados contra o COVID-19.
“Entendemos que haverá alguns tripulantes que não poderão tomar a vacina e vamos considerar acomodá-los como pudermos”, disse um porta-voz da Cathay Pacific. “No entanto, vamos revisar o emprego futuro daqueles que não podem ser vacinados e avaliar se eles podem continuar a ser empregados como tripulantes da empresa”.
Apesar de ter algumas das regras de quarentena mais rígidas do mundo, Hong Kong tem uma taxa de adesão à vacinação aquém do esperado pelo governo chinês. Os números refletem o ceticismo dos habitantes locais com as vacinas da China e também são uma forma de resistência de alguns grupos, que não aceitam que a região seja sujeita ao Partido Comunista da China.