Com 101 anos, companhia aérea mais antiga do mundo se reorganiza

A KLM Royal Dutch Airlines apresentou nesta sexta-feira, 2 de outubro, um plano de reestruturação ao Ministério das Finanças da Holanda. A apresentação da proposta de reorganização corporativa era condição fundamental para a obtenção de um empréstimo e garantias do Estado no valor de $3,4 bilhões (mil milhões) de euros.

Segundo informe divulgado pela companhia, o plano descreve como a KLM pretende superar a pior crise dos seus 101 anos de operação e defender como a companhia pretende cumprir as condições impostas pelo governo da Holanda para concessão da ajuda financeira. O plano está, atualmente, em revisão no ministério.

Conteúdo da proposta

A proposta inclui elementos como a reavaliação da estratégia comercial, iniciativas de corte de custos, considerações financeiras e como a equipe da KLM contribuirá por meio de mudanças das condições de trabalho.

O princípio básico do plano de reestruturação evidencia que o modelo de negócios da KLM ainda é válido e valioso, mas que iniciativas estruturais de longo alcance são necessárias para garantir o sucesso futuro da empresa. Devido aos efeitos da pandemia, a KLM está se preparando para um longo período de redução das operações. A empresa se tornará menor e menos custosa, além de mais sustentável, econômica e eficiente.

Como a KLM desempenha um papel econômico e social importante na Holanda, o governo ofereceu um pacote de ajuda, mas vinculada a diversas contrapartidas. Uma condição é que o pessoal da KLM aceite redução do quadro de empregados, que equivale a cortes graduais dependentes de renda de até 20%. Essas condições reduzidas serão aplicadas durante o período do empréstimo. A KLM chegou a um acordo com todos os sindicatos de solo e aéreo sobre os princípios-chave deste plano para o período até 2022.

Outra das condições impostas pelo governo é a redução de 15% nos custos não essenciais. O Conselho de Trabalhadores da KLM foi convidado para assessorar a redução e a simplificação da empresa. Além disso, são mais de 70 iniciativas que visam reduzir principalmente os custos externos. Economias significativas serão alcançadas com a eliminação gradual de aeronaves alugadas e a implantação de uma frota mais eficiente. A KLM também está se reunindo com fornecedores e parceiros da rede para contribuir com a redução de custos.

Reduções

A companhia já reduziu o quadro por meio de várias medidas, como a não-renovação de contratos temporários (1.500 empregos) e um esquema de demissão voluntária (2.000 empregos). Até o final do ano, a KLM empregará cerca de 4.500 menos pessoas do que antes da pandemia de COVID-19.

A empresa informa que novos cortes não podem ser excluídos, tendo em vista a magnitude e a gravidade da crise. A KLM também chegou a um acordo sobre um plano social com sindicatos para pessoal de terra e tripulação das aeronaves.  Além disso, a KLM irá reabrir um esquema de demissão voluntária visando divisões e departamentos específicos, a fim de minimizar as demissões involuntárias.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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