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Companhia aérea processa Embraer em $60 milhões falando que jatos E2 são inseguros

A empresa aérea Air Astana, com sede no Cazaquistão, está processando a Embraer e acusando a fabricante brasileira de produzir jatos inseguros.

O processo está sendo conduzido na Corte de Nova Iorque e acusa a Embraer de “tomar um curso negligente, que se mostrou indiferente à vida humana”, segundo os documentos acessados pela agência Reuters.

A acusação gira em torno dos problemas que a Air Astana teve com seus cinco aviões Embraer E190-E2, incluindo problemas hidráulicos, mudanças de atitude não comandadas pelos pilotos e falha mecânicas que resultaram em aproximações perdidas (arremetidas antes do pouso).

Segundo o processo, a Air Astana aponta que foram detectados 23 alarmes falsos de fogo na baia de eletrônicos, próximo ao compartimento de cargas. A tripulação da companhia, seguindo o check-list da Embraer, desligava todos os sistemas elétricos, ligava a RAM Turbine (pequena ventoinha que fornece energia ao avião) e realizava um pouso de emergência.

No entanto, ao desligar os sistemas elétricos, a RAM Turbine fornece apenas os sistemas básicos de navegação, com sistema anti-colisão de terra (GPWS) não funcional, bem como o radar meteorológico era desligado, o que, segundo a Air Astana, coloca em risco a segurança de voo no país que é montanhoso e tem clima desafiador.

A Embraer, por sua parte, afirmou que ocorreu um incidente técnico em novembro de 2020 com um E190-E2 da Air Astana, e que após identificar o problema, avisou ao fornecedor do componente o erro e que ele foi corrigido, com as mudanças aprovadas e adotadas pela ANAC.

Segundo a fabricante brasileira, a Air Astana quer compensação financeira pela decisão unilateral de suspender os voos com os jatos E2 em dezembro passado. O valor pedido pela Air Astana é de US$11,9 milhões de dólares (R$60 milhões), além dos honorários advocatícios.

Até o momento, trata-se da única queixa do tipo que veio a público sobre jatos desse modelo.

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