Companhia aérea que falir deve resgatar passageiros, decide governo britânico

Após o colapso da Thomas Cook e a subsequente mega operação de resgate de passageiros, o governo britânico quer evitar parte do caos causado por alguma companhia aérea que falir.

A330 Thomas Cook aéreas
Airbus A330 da Thomas Cook © Clément Alloing

A decisão vem depois que a recente falência do grupo Thomas Cook deixou 140 mil britânicos fora de seu país e sem ter como voltar.

Nós destacamos aqui como foi a mega operação de repatriação feita pelo governo britânico, a maior em tempo de paz, perdendo apenas para a antológica Operação Dínamo que resgatou soldados britânicos presos na França durante a Segunda Guerra Mundial. A história virou o filme Dunkirk, que ganhou três Oscars.

E assim como em Dunkirk, toda essa operação, que envolveu praticamente todo o tipo de avião comercial moderno, veio a um custo, e alto!

Foram em torno de £100 milhões de libras esterlinas (R$520 milhões) gastas, provenientes de impostos pagos pelos contribuintes do país. Adiconalmente a esta conta, outros £50 milhões foram gastos quando a também britânica Monarch bateu as botas em 2017.

Vale lembrar que mais uma britânica, a flybmi, fechou as portas este ano, mas por ser uma aérea regional o impacto foi menor, apesar do valor gasto pelo governo britânico não ter sido informado.

Nova lei

A320 Monarch Azul aérea
Airbus A320ceo da finada Monarch voou na Azul durante um tempo

Agora, segundo a BBC divulgou, os aviões e funcionários das aéreas que quebrarem poderão continuar a operar sob uma licença (certificado de operador aéreo) temporário.

Segundo o governo britânico, isto causaria menos problemas e custaria menos aos cofres públicos.

Uma proposta de uma nova taxa sobre a passagem aérea, de 50 centavos de libra (R$2,58) foi cogitada mas não foi aprovada no texto final. A receita gerada deste novo imposto seria para um fundo de “aéreas falidas”, que seria usado exatamente para pagar os funcionários e custos para fazer a operação de repatriação.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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