Mais de cem pessoas viveram na última terça-feira (02/07) a incrível experiência de observar o eclipse total do Sol a 11.000 metros, graças ao copiloto de seu voo.
O voo da Aerolineas Argentina presenciou o eclipse sobre a província de San Juan, o ponto central do fenômeno, graças à ideia do copiloto de modificar o horário de partida de Buenos Aires.
Além de piloto, Nicholas Fronzo é fotógrafo e astrônomo amador, e avisou à companhia aérea sobre a possibilidade de modificar o horário de voo para se observar o eclipse do ar.
Fronzo comentou: “propusemos a questão à empresa e começamos a trabalhar com os diferentes setores relacionados ao voo para poder fazer as modificações necessárias. Não foi fácil, pois tivemos que sair duas horas antes do horário previsto para este serviço, mas finalmente conseguimos coordenar tudo e concretiza-lo”.
O comandante do voo, Peter Ott, também falou sobre a experiência: “estávamos sujeitos a uma série de variáveis que poderiam ter complicado tudo, mas finalmente fomos capazes de atingir a meta. Pegamos eclipse total cerca de 20 minutos antes de iniciar a descida para San Juan.”
Veronica Susana Espino, do Planetário Galileo Galilei, disse por sua vez que “este já é um evento único a partir do solo. Vê-lo lá de cima, com um ar mais limpo, é algo incrível, especialmente para poder ver as sombras do eclipse na terra”.
O voo AR1436 partiu às 16h30 com 112 passageiros a bordo, alguns dos quais compraram a passagem apenas para ser capaz de observar o eclipse do ar. Mas outros, a maioria, ficaram surpresos com a possibilidade depois de adquirir o voo.
Um casal, Patricia e Miguel, descobriu depois de comprar. “Íamos a San Juan para celebrar o meu aniversário”, disse Patricia, “e pegamos este voo porque não havia lugar no próximo. Não foi por acaso, estamos muito felizes.”
O comandante Ott ainda lamentou a impossibilidade de permitir que os passageiros do lado oposto ao Eclipse pudessem vê-lo em suas janelas: “Infelizmente a única coisa que poderíamos fazer era um trajeto para colocar um lado perpendicular ao fenômeno, porque o eclipse completo durou dois minutos e a razão de curva da aeronave para virar totalmente no sentido contrário leva mais tempo”.
Informações pelo Clarín.
