CRUZEX 2018 contará com caças F-16 americanos e chilenos

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e representantes das nações que vão participar da Cruzex 2018 estiveram na Ala 10, em Natal (RN), entre os dias 6 e 10 de agosto, para a realização da Final Planning Conference (FPC). Essa foi a última reunião oficial antes do exercício, que vai reunir 14 países, de 18 a 30 de novembro, para treinar, em conjunto, cenários simulados de conflito.




Essa será a oitava vez que a FAB realiza a Cruzex. Neste ano, o formato será chamado “flight“, com treinamentos de voos envolvendo mais de cem aeronaves (brasileiras e estrangeiras) engajadas na atividade.

Nesta edição, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, França, Peru, Uruguai e Estados Unidos vão participar com militares e aviões; Alemanha, Índia, Portugal, Suécia, Reino Unido e Venezuela, apenas com militares. Os países participantes deslocarão aeronaves de caça, como os F-16 norte-americanos e chilenos, cargueiros e reabastecedores, como os C-130J canadenses.

O Diretor da Cruzex, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, explica que esse é o maior exercício multinacional e conjunto – pois também reúne Exército e Marinha – realizado pela FAB, sendo que a última edição aconteceu em 2013. “Nós queremos aprender um pouco mais e aprimorar nossa capacidade operacional”, diz.

O oficial-general destaca que o principal diferencial do exercício deste ano é o cenário de guerra não convencional ou irregular que será treinado, exigindo outras capacidades dos militares – diferentes daquelas envolvidas em um treinamento de guerra convencional. “Precisamos incorporar novos procedimentos, técnicas e táticas para nos inserirmos em um cenário como esse, que está cada vez mais próximo, pois a ideia do nosso Comandante é que passemos a integrar tropas de paz”, afirma o Brigadeiro Medeiros.

Segundo o Adido de Defesa Francês, Coronel Charles Orlianges, seu país foi um importante parceiro do Brasil desde a primeira edição do exercício, em 2002. Para a Cruzex 2018, a França irá deslocar um cargueiro C-235, além de militares das forças especiais para atuar em ações de Guiamento Aéreo Avançado (GAA) – em inglês, conhecidas como Joint Terminal Attack Controller (JTAC) – e para participar comoIsolated Person (IP), ou seja, o piloto que, na simulação, foi ejetado e espera ser resgatado por uma missão CSAR – Busca e Salvamento em Combate. Ele explica que os militares franceses com experiência em JTAC podem trazer importantes contribuições, por terem participado de operações reais recentemente.

“É importante aprimorar a interoperabilidade entre os países, para que o nível de profissionalismo seja nivelado, pensando, especialmente, na possibilidade de algum futuro engajamento conjunto em missões de paz, como existe o debate em torno da participação do Brasil na República Centro-Africana”, avalia o Coronel Orlianges.

Informações pela Agência Força Aérea

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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