Demanda mundial de passageiros segue crítica, mas com leve melhora em julho

Pátio Aeroporto Brasília
Imagem: Inframerica

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) informou na terça-feira, 1, que a movimentação global de passageiros por viagens aéreas permanece muito abaixo dos níveis pré-pandemia, mas com pequeno crescimento em julho. No sétimo mês do ano, o total de passageiros transportados estava 79,8% abaixo do observado no mesmo período de 2019.

Apesar de ainda crítico, a IATA destaca que o índice é um pouco melhor do que o registrado em junho, na comparação com o ano anterior, quando a queda havia sido de 86,6%. A leve recuperação pode ser explicada pela abertura do mercado em países europeus, mas foi freada pelas restrições ainda vigentes em outros pólos importantes para a aviação.

A capacidade operacional das aeronaves permanece muito baixa, cerca de 70,1% menor que os níveis de 2019, no mesmo período. A taxa de ocupação das aeronaves caiu 27,7 pontos percentuais e alcançou o recorde negativo para um mês de julho, com 57,9%.

O acumulado de janeiro a julho, também exibe a retração do mercado causada pela pandemia do novo coronavírus. No período, a procura por voos por todo o mundo recuou 61,9%, com as aeronaves voando com capacidade 54,1% menor. A taxa de ocupação nesses meses regrediu 14,1 ponto percentual, e chegou a 68,4%.

Em divulgação para a imprensa internacional o diretor-geral da IATA, Alexandre de Juniac, destacou que a crise da demanda por viagens aérea mostrou pouco arrefecimento em julho.

“Com quatro em cada cinco passageiros de avião ficando em casa, o setor continua, em grande parte, paralisado. As decisões instáveis dos governos em relação a fechamento e reabertura das fronteiras e imposição de quarentenas não oferece confiança a muitos consumidores para planejar uma viagem, nem às companhias aéreas para reconstruir horários ”, disse o executivo.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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