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No dia em que o An-225 decolava pela 1ª vez, um Boeing 747 explodia no ar no voo 103 da Pan Am

Era 21 de dezembro de 1988. Por um lado, o maior avião comercial do mundo, o Antonov An-225 Mriya, fazia seu primeiro voo na União Soviética. Por outro, o icônico Boeing 747 sofria um terrível atentado em voo.

Pan Am 747-100 Clipper Maid of The Seas
Imagem: Kambui [CC]

Há 31 anos, por volta das 19 horas do dia 21 de dezembro, o Boeing 747-100 da matrícula N739PA e nome Clipper Maid of The Seas, a caminho de Nova York a partir de Londres no voo 103 da Pan Am, explodia sobre Lockerbie, na Escócia.

O avião alcançou uma altura de aproximadamente 9.500 metros (31.000 pés) e estava se preparando para a parte oceânica do voo quando uma bomba ativada por timer detonou. A bomba, construída com o explosivo plástico inodoro Semtex, foi escondida em um aparelho vídeocassete armazenado em uma mala.

A explosão quebrou o avião em milhares de pedaços que espalharam-se em uma área de aproximadamente 2.200 quilômetros quadrados. Todos os 259 passageiros e membros da tripulação foram mortos. Os destroços em queda destruíram 21 casas e mataram mais 11 pessoas em terra.

Atentado e investigação

Embora os passageiros a bordo do avião fossem de 21 nacionalidades, a maioria deles era dos Estados Unidos, e o ataque aumentou temores de terrorismo nos Estados Unidos. Os investigadores acreditavam que dois agentes de inteligência da Líbia foram responsáveis ​​pelo atentado. Muitos especularam que o ataque havia sido retaliação a uma campanha de bombardeio dos EUA em 1986 contra a capital da Líbia, Trípoli.

O líder líbio Muammar al-Kaddafi se recusou a entregar os dois suspeitos. Como resultado, os Estados Unidos e o Conselho de Segurança das Nações Unidas impuseram sanções econômicas contra a Líbia. Em 1998, Kadafi finalmente aceitou uma proposta para extraditar os homens.

Em 2001, após uma investigação que envolveu entrevistar 15.000 pessoas e examinar 180.000 peças de evidência, Abdelbaset Ali Mohmed al-Megrahi foi responsabilizado pelo atentado e condenado a 20 (mais tarde 27) anos de prisão. O outro homem, Lamin Khalifa Fhimah, foi absolvido. O governo líbio acabou concordando em pagar indenizações às famílias das vítimas do ataque.

Libertação polêmica

Em 2009, Megrahi, diagnosticado com câncer terminal, foi libertado da prisão na Escócia por motivos de compaixão e autorizado a retornar à Líbia. Os Estados Unidos discordaram fortemente da decisão do governo escocês.

Em julho de 2010, uma investigação promovida por senadores americanos revelou que a companhia petrolífera BP fez lobby por um acordo de transferência de prisioneiros entre o Reino Unido e a Líbia. Embora a BP e o governo do Reino Unido tenham negado que Megrahi tenha sido discutido especificamente, em 2009 o Ministro da Justiça britânico Jack Straw havia declarado que os negócios da BP com o governo da Líbia eram um fator para considerar no caso.

Informações pela Encyclopaedia Britannica.

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