Desde o início da pandemia, os voos para “lugar nenhum” tornaram-se bastante populares, especialmente na Ásia, onde empresas de vários países resolveram matar a vontade de viajar de muitas pessoas, com viagens em que os passageiros partiam e chegavam no mesmo local – daí o nome “voos a lugar nenhum”.
Na medida em que a iniciativa trazia uma renda extra para as empresas, ela também era criticada por quem questionava os danos ambientais, já que não cumpria com o objetivo principal do transporte aéreo, que é levar pessoas do ponto A para o B.
Polêmicas à parte, o fato é que os voos a lugar nenhum chegaram à Europa, com a primeira operação com essas características completada no dia 25 de outubro pela empresa Smartwings. Os voos de Budapeste para Budapeste, na Hungria foram compartilhados pela companhia nas suas redes sociais.
Série vyhlídkových letů v Maďarsku je úspěšně za námi. 🇭🇺
— Smartwings (@SmartwingsGroup) October 26, 2020
Na hodinu trvající let na netradiční trase Budapešť – Budapešť se Boeing 737-800 vydal celkově třikrát. S cestujícími zamířil nad Balaton, Dunajské ohbí a další ikonická místa Maďarska. pic.twitter.com/pewbzpUllc
Embora a Europa esteja reabindo com cautela, em face à segunda onda da Covid, os voos e as fronteiras ainda têm restrições. Por conta disso, a Smartwings lançou uma ação semelhante às suas pares asiáticas, tornando-se a primeira companhia aérea da Europa a lançar esses voos.
Para tanto, a empresa empregou o Boeing B737-800 com o registro HA-LKG que fez 3 voos consecutivos de quase uma hora, decolando da capital húngara e voando para o oeste do país para pousar novamente na capital húngara. Esses voos permitiram aos passageiros ver o país de outra perspectiva, já que o avião não ultrapassou os 18.000 pés de altura.
Os três voos estavam totalmente lotados, como se nota nas imagens acima, e embora já tenham recebido críticas de alguns ambientalistas, estão previstas edições futuras devido à ótima repercussão que tiveram.