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Eastern Airlines vai voltar a voar (de novo), agora com B767 e B777

Os donos da icônica marca Eastern Airlines parecem ter aquela esperança infinita de não desistir jamais. Agora, pela segunda vez, irão tentar re-lançar a duplamente falida empresa aérea.

Em carta direcionada aos funcionários, o CEO Steve Harfst fala sobre um novo plano de negócios, novo site e nova identidade visual. Será uma nova empreitada, dessa vez com origem no que sobrou da outra empresa americana, Dynamic Airways, que saiu do processo de recuperação judicial em 2018.

Com uma grande história, a Eastern Air Lines original foi fundada em 1926 e perdurou até 1991. Em 2015, um grupo de investidores comprou os direitos da marca e relançou a aérea, de início fazendo apenas voos fretados com o Boeing 737-800, que inclusive voou para o Brasil.

A empresa tinha um grande plano de crescimento, tanto que encomendou jatos 737 MAX e o japonês MRJ da Mitsubishi. Porém, não conseguiu se manter rentável e não chegou a receber os novos jatos e tampouco chegou a operar voos regulares, um dos seus objetivos.

Agora, os planos são ambiciosos: segundo a revista Airways Magazine, a nova Eastern pretende adquirir até 55 jatos Boeing 767 e 777 para voar na América do Sul, Caribe e China. Hoje, a empresa já conta com oito 767-200/300 operando voos charters, uma herança direta da fórmula operacional da Dynamic. Os primeiros Boeings 777-200 chegarão até maio do próximo ano. Um deles é um ex-Kenya Airways de antiga matrícula 5Y-KQS, hoje estocado no Kansas como N783KW.

América do Sul e China

Boeing 737 da Eastern que operou no Brasil

No fim do ano passado, a ainda Dynamic Airways havia solicitado rotas para a América do Sul como Guayaquil, no Equador, e Georgetown, na Guiana, a partir de Nova Iorque. Os voos para a América do Sul devem começar a partir do último trimestre de 2019, mas a empresa pontuou, no entanto, que maioria deles decolarão da Flórida, estado americano com a maior comunidade sul-americana. Arriscar todas as fichas na cara Nova Iorque seria um ato de risco.

Em breve o novo site será lançado neste endereço com uma nova identidade visual já revelada, bastante distante da marca original da Eastern. Dessa vez, o foco da companhia é no passageiro de turismo ou o que vai visitar familiares e amigos. O estilo de operação será similar ao das chamadas aéreas turísticas como a ThomasCook, Edelweiss ou TUI Airline.

Para a China o risco é maior, já que a maior parte da comunidade asiática está na Costa Oeste dos EUA, principalmente entre Los Angeles e São Francisco. A aérea já solicitou autorização de voos entre Nova Iorque e Jinan na província chinesa de Shandong. Atualmente, Jinan conta com apenas um voo para os EUA, da Sichuan Airlines, para Los Angeles.

Nova marca da Eastern

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