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EasyJet é processada após passageira trocar de assento a pedido de religiosos

Imagem-Divulgação

Uma mulher anglo-israelense está processando a EasyJet, empresa aérea britânica de baixo custo, por ter sido pressionada por comissários a desistir de um assento após solicitação de um homem e seu filho em um voo entre Tel Aviv e Londres. O passageiro seria judeu ultraortodoxo e alegou ser impedido de voar de uma pessoa do sexo feminino fora de sua família.

De acordo com informações constantes no processo e apresentadas pelo Haaretz, a passageira Melanie Wolfson, de 38 anos, pagou uma taxa extra por um assento no corredor, em um voo que decolou em 10 de outubro do ano passado. O homem e seu filho já estavam sentados na fila quando ela chegou. Após se sentar, o rapaz pediu para que ela trocasse de lugar com outro passageiro, algumas fileiras a frente. Wolfson se sentiu ofendida e se recusou, mas uma comissária chegou a oferecer um assento melhor gratuitamente como incentivo a mudança.

Segundo Wolfson, outros comissários informaram ser prática comum da empresa aérea pedir às mulheres que troquem de lugar para acomodar homens ultraortodoxos. Alguns membros da equipe a teriam incentivado a reclamar com a companhia, na esperança de que isso pudesse forçar uma mudança na política.

Com isso, a EasyJet está sendo processada por violar uma lei israelense promulgada em 2000, que proíbe a discriminação contra clientes com base em raça, religião, nacionalidade, país de origem, gênero, orientação sexual, opiniões políticas ou status pessoal. Embora a companhia aérea não tenha sede em Israel, o Centro de Ação Religiosa de Israel (IRAC, na sigla em inglês), órgão que representa Wolfson no processo, argumenta que a empresa estava sujeita à lei israelense enquanto o avião estava no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, onde ocorreu o incidente.

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