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Empresa aérea britânica concordou em pagar uma multa a uma passageira, que foi forçada a mudar de lugar no voo por ser mulher.
O caso aconteceu na easyJet, empresa aérea de baixo-custo britânica, quando a passageira Melaine Wolfson embarcou num voo de Tel Aviv para Londres em outubro de 2019.
Ela sentou na mesma fileira que estavam um homem e seu filho. Após se acomodar no seu assento, o homem levantou e pediu para alguém trocar de lugar com ela, o que seria algo fácil de ser resolvido, mas Melaine se sentiu ofendida.
Mais tarde descobriu-se que o homem era um judeu ultra-ortodoxo, e que, segundo sua crença, não poderia sentar ao lado de mulheres em transportes públicos, a não ser que fosse sua esposa.
Com o impasse, um membro da tripulação interveio e pediu novamente para que a mulher trocasse de lugar, e ofereceu em troca uma bebida do cardápio, que na empresa aérea é cobrada.
Melaine, que também é judia, acabou aceitando porque não queria armar confusão e atrasar o voo, mas ficou indignada. Após chegar em Londres, ela fez uma reclamação formal na empresa sobre o caso, e a easyJet afirmou que o procedimento foi errado e que a tripulação não pode trocar passageiros de lugar por tal motivo.
Porém, dois meses depois, em outro voo, ela vivenciou uma situação similar, onde duas passageiras trocaram de lugar exatamente pelo mesmo motivo: um passageiro conservador não quis sentar ao lado de mulheres que não fizessem parte de sua família.
Após ter visto que sua reclamação foi em vão, Melaine processou a easyJet e pediu $19 mil dólares (cerca de R$108 mil) pelo constrangimento causado. Segundo o portal Paddle Your Own Kanoo, após mais de um ano de disputa jurídica, as duas partes entraram em um acordo e a passageira foi indenizada em um valor não divulgado.
