Em 3 dias, Gol recebe mais três Boeing 737-800 alugados para recompor sua frota

Gol 737-800 transavia
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PH-HXK chegou na quinta-feira, 7 de novembro

Nos últimos três dias, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes recebeu, em Belo Horizonte, outras três aeronaves que pertencem à holandesa Transavia e que vão ajudar a recompor sua frota, desfalcada pela parada do MAX, durante a alta temporada de verão no Brasil.

Os aviões que aportaram essa semana vieram de Amsterdã com escala na Ilha do Sal, antes de seguirem viagem para o Aeroporto Internacional de Confins, na grande BH. Eles têm as matrículas holandesas PH-HXK, HXO e HSA; na Gol elas serão o PR-GZL, GZJ e PH-HSB, respectivamente, segundo informações do Aeromuseu.

Em breve eles passarão pelo processo de nacionalização e integrarão a frota doméstica da Gol, que já totaliza seis aeronaves recebidas da sua parceira holandesa. Ainda é esperada mais uma aeronave da Transavia para completar a frota.

Frota desfalcada pela parada dos MAX

Inicialmente, era previsto que cinco aeronaves, todas ex-Transavia, chegassem ao Brasil a partir de novembro, mas esse número já aumentou para treze, acumulando máquinas alugadas também de outras empresas aéreas ao redor mundo. Esse número pode aumentar ainda mais, no entanto, a informação ainda está a confirmar.

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Toda essa logística e custo extras são devido à parada global do Boeing 737 MAX 8, modelo do qual a Gol tem treze parados, sendo 7 no pátio de Confins e outros 6 na Boeing. Os MAX estão parados desde março desse ano em todo o mundo, depois dos dois acidentes fatais na Indonésia e Etiópia, e não há perspectiva clara de quando voltam a operar. Enquanto isso, as empresas aéreas têm que se virar, buscando por aeronaves fora de uso, mais antigas ou em sub-arrendamento, como está fazendo a Gol.

Outro fator que afetou as operações da empresa brasileira recentemente foi a necessidade de retirar de operação um punhado – cerca de 10 ou 11 – de Boeing 737-800 NG, em observância à recomendação da Boeing de realizar inspeções nas estruturas de fixação das asas devido a rachaduras.

Para remediar está bom

Por se tratar de um aluguel temporário, é esperado que a empresa gaste o menos possível com as aeronaves, garantindo-lhe apenas uma identificação visual decente. Por isso, além da pintura externa não estar no padrão da Gol, outro detalhe que chama a atenção nessas aeronaves da Transavia é o seu interior, totalmente na cor verde, no padrão da empresa holandesa:

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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