A Etihad Airways, com sede em Abu Dhabi, pode dispensar mais de 20% de sua tripulação de cabine e manter sua frota de dez A380-800 aterrada por muito tempo, conforme a companhia aérea reduz suas operações em resposta a uma recuperação lenta na demanda por viagens.
Em um e-mail interno visto pela Reuters, a tripulação de cabine foi informada que os afetados seriam notificados em 24 horas, sem dizer quantos perderiam seus empregos. No entanto, uma fonte da empresa disse à Reuters que pelo menos 1.000 dos 4.800 tripulantes de cabine poderiam ser afetados. Isso ocorreu após um aviso semelhante enviado aos pilotos. Em um segundo e-mail visto pela Reuters, a Etihad disse que o restante da tripulação de cabine seria colocado em licença por tempo indeterminado.
Em um comunicado em 8 de novembro, o CEO, Tony Douglas, confirmou cortes de gestão e reestruturação como parte dos planos que reduziriam a companhia aérea estatal de Abu Dhabi, para se tornar uma companhia aérea de serviço completo de médio porte, com foco em sua frota de aviões grandes. Isso levantou questões sobre o futuro de sua frota de fuselagem estreita, incluindo dezenove A320 e dez A321, com vinte e seis A321neo encomendados.
A fonte da empresa comentou que o CEO disse à equipe que os A380 – armazenados desde março – continuariam estacionados “indefinidamente”, informou a Reuters.
A Etihad já perdeu US$ 5,62 bilhões nos quatro anos antes da pandemia COVID-19 em 2020. O governo de Abu Dhabi investiu cerca de US$ 22 bilhões na empresa desde que começou a voar em 2003, enfatizando a ambição do emirado rico em petróleo de transformar sua companhia aérea nacional em um player global e transformar Abu Dhabi em um importante centro de companhias aéreas, rivalizando com Dubai.
